Participando do programa “Boleiragem” no canal SporTV, o ex-lateral Kléber conversou com Roger, Paulo Nunes e Richarlyson.
Tecnicamente falando, Kléber é um dos jogadores que mais aparecem em listas de melhores laterais que atuaram pelo Corinthians. Entretanto, uma provocação de muito mal gosto estragou a idolatria que muitos nutriam pelo jogador que foi tão vitorioso no Parque São Jorge.
“Jogando pelo Santos, eu não tive rejeição. Mas uma vez eu fui fazer uma brincadeira na Torcida Jovem, aí meu irmão… Fui fazer a graça, fiz errado, aí acabou o amor”.
O lateral mostra se arrepender do que fez, inclusive pedindo desculpas pelo ato. Mas como já era de se esperar, nem todos os torcedores conseguem esquecer o que ele fez.
“Me convidaram, fui no jogo (do Corinthians) que teve na Arena. Um pouco sim, um pouco não, tem gente que aceita, tem gente que não aceita… A minha parte eu procurei fazer, que foi pedir desculpa, já vi que eu estava errado mesmo, já vi que estava erradíssimo. Então só teve esse caso. Antes não tinha a rejeição. Todo mundo achava que eu não quis voltar para o Corinthians, mas eu expliquei que a culpa não foi minha, então acabou o assunto”.
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Amizade com Rincón
A perda de Rincón foi um baque forte, e não só para a torcida corinthiana. Querido por todos os lugares que passou, o ex-volante era bastante amigo do lateral.
“Desde o acontecimento, para mim foi uma coisa muito angustiante. Eu e o Freddy a gente tinha uma relação de pai para filho, um cara que sempre tive o contato mesmo depois que ele parou e que eu parei, a gente tinha uma amizade muito boa, ele também criou uma amizade com meu pai. Foi muito difícil saber que iria perder o cara, até pelos comentários que a gente tinha de caras de lá (da Colômbia), que estavam falando da dificuldade que era de ele sobreviver. Foi uma coisa que chocou minha família, a gente sempre se falava, ele estava fazendo planos para vir ao Brasil e a gente iria se encontrar. Me entristeceu muito. Quem jogou com o Freddy, em um ou dois anos já tinha perdido o (Gilmar) Fubá também. Foram caras que marcaram, e o Freddy marcou muito na minha vida, me ajudou demais”.
“O pássaro”
Kléber continuou explicando como o ex-camisa 8 o ajudou, principalmente em seu início de carreira no Corinthians.
“Se você pegar jogos do Corinthians, com o Sylvinho o Freddy jogava do lado direito, com o Índio. E quando eu entrei, ele passou para o meu lado, porque viu que eu ia ter uma dificuldade, porque o Índio já tinha jogado em 1998, foi campeão em 98, ele tinha uma bagagem, uma experiência, eu estava começando a entrar. Ele passa para o meu lado e falava: “Vai embora, mas volta, volta pelo meio. Eu vou estar aqui, mas Freddy não é lateral, Freddy é meio, você volta pelo meio, coisa rápida.” Tanto que os caras me apelidaram de grande pássaro, porque o Índio quase não passava, e eu ia. Quando dava 20 minutos, eles falavam que eu estava jogando de pé e ia caindo a asa do pássaro. “O pássaro morreu” (risos). Foi muito assim, ele me ajudou bastante, vou sentir falta do negrão”.