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O Corinthians venceu, alguém se lembra?

Tiago Zambroni

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O Corinthians venceu o Red Bull Bragantino no último domingo (08) fora de casa e segue liderando o Brasileirão, mas pouco se fala sobre o assunto.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Mas qual o motivo de tão pouca atenção para o que deveria ser o assunto principal?

Após o apito final do árbitro Raphael Claus, Vitor Pereira comemorou muito o resultado da sua equipe, no entanto, durante a comemoração efusiva do treinador, o atacante Róger Guedes parecia um pouco menos entusiasmado que o restante do elenco.

Isso deveria se tornar um problema? Ou seria motivo para alguma polêmica?

Talvez para quem não goste de ver o Corinthians respirando ares tranquilos seja, ou para quem, de certa forma, prefira a turbulência à calmaria por qualquer que seja o motivo.

O Corinthians é um vulcão, expelindo informações 24 horas por dia, e isso é fato consumado.

Mas, a reação do atacante seria motivo para tanto alarde? Ainda mais em tempos de pouquíssima compreensão do que se fala ou se escreve, onde cada um leva o assunto para o lado que lhe convir.

Róger Guedes já estava no olho do furacão por conta de atuações apagadas e algumas entrevistas, onde cometeu o sincericídio de dizer que não gosta muito de jogar fora de sua posição de origem.

Nenhum problema, certo?

Errado.

Porque hoje em dia, fazer o que o atacante do Corinthians fez, quer dizer bater de frente com o treinador, não respeitar a hierarquia, isso, aquilo.

Muitos se esquecem, ou “esquecem”, ou simplesmente não viveram épocas passadas, onde o ato de Guedes seria visto como natural.

Não há racha no elenco, e mesmo que houvesse, existem profissionais muito qualificados e bem remunerados para cuidarem dessas questões e aparar qualquer aresta que supostamente haja.

Relembrando outros tempos de Corinthians

E mesmo que houvesse, quem não se lembra do Corinthians campeão na final da década de 90?

O saudoso Rincón brigava com Marcelinho, que brigava com Edilson, que brigava com todo mundo e o Corinthians empilhava taças.

Romário sempre foi um jogador de personalidade forte, assim como Edmundo ou Renato Gaúcho.

Túlio era falastrão, Viola irreverente, nenhum deles era santo.

E a torcida gostava, a imprensa se divertia, cada entrevista era um deleite.

Comparando Guedes com todos esses ? Não.

Comparando a personalidade de Guedes com a de todos esses? Sim.

O que era compreensível, engraçado, marrento, temperamental, briguento, se tornou reprovável, execrável e passível de julgamento nas redes sociais (!).

Em tempos onde o jogador praticamente pede desculpas ao adversário quando faz um gol, tudo vira motivo para polêmica, pra debate.

Há quem queira Róger Guedes fora do Corinthians.

Os mesmos esquecem que até pouco tempo atrás, o glorioso SCCP era representado por jogadores sem nenhuma qualificação para vestirem essa camisa tão pesada.

Guedes é superior a todos esses (alguns loucos para voltar).

Há quem esqueça que o Corinthians venceu e é líder!

E é!

Aproveitem.

Infelizmente, polêmicas vazias “vendem” mais que vitórias cheias.

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