O futebol mundial passa por momentos difíceis.
A onda de violência vem ganhando capítulos a cada dia que passa.
Após o incidente com o ônibus da delegação do Bahia, onde o goleiro Danilo Fernandes e o lateral Matheus Bahia acabaram feridos, sendo que o ex-corinthiano precisou passar por procedimento cirúrgico nos olhos, que os casos se multiplicam.
Logo em seguida, a torcida do Paraná Clube invadiu o gramado para protestar contra a queda do time no Campeonato Paranaense e se o árbitro não tivesse encerrado a partida imediatamente e os atletas não tivessem corrido para os vestiários, a situação poderia ter ficado pior.
Não passou de um grande susto.
O mesmo não se pode dizer do volante chileno Matias Villasánti do Grêmio, que teve traumatismo craniano por causa de uma pedrada em novo ataque à delegações.
Dessa vez, a torcida do Internacional que alvejou o ônibus do rival, que se dirigia ao Gigante da Beira-Rio para a disputa de mais um Gre-Nal.
Nesse caso, o jogo não aconteceu, ao contrário de Bahia e Sampaio Corrêa, que o jogo aconteceu como se nada tivesse acontecido.
Tais fatos chamaram a atenção de Willian, atacante do Corinthians, que se posicionou por meio das suas redes sociais, pedindo punição rigorosa aos criminosos que insistem em tentar acabar com o futebol.
O Timão jogou o clássico majestoso no último sábado (05) no Morumbi.
Local onde a delegação corinthiana já foi recebida com pedradas em algumas oportunidades.
Mas, as ameaças não se confirmaram e os pedidos de reforço policial e segurança particular surtiram efeito.
O futebol aconteceu sem maiores incidentes, como deveria ser sempre.
Final de semana sangrento no futebol
Em contrapartida, dois casos acabaram tomando conta do final de semana.
No México, as torcidas de Querétaro e Atlas resolveram que as diferenças do campo seriam resolvidas de outra forma e as cenas de selvageria tomaram o espaço que deveria ser apenas do futebol.
O jogo em si acabou ficando em segundo plano.
22 feridos em uma batalha campal!
E em Belo Horizonte, outro confronto entre as torcidas de Cruzeiro e Atlético-MG.
Futebol teve, mas também teve barbárie, tiros, baleados e uma morte.
O texto não poderia ser apenas sobre futebol ? sobre Corinthians e São Paulo sem preocupações, sobre Cruzeiro e Atlético dentro do campo, sobre mais um Gre-Nal muito disputado e decidido no final com um gol heroico de algum herói gremista ou colorado?
Mas não, pessoas que deveriam estar torcendo por esses clubes teimam em tomar o protagonismo de Hulk, Edu, Calleri, Willian, Diego Souza, Edenílson, etc.
O futebol vai perdendo espaço.
Sem esquecer, é claro, do desespero dos jogadores que estavam no leste europeu e que conseguiram chegar inteiros em seu país de origem.
Jogadores de futebol em bunkers na Ucrânia para não correrem o risco de um míssil ceifar suas vidas.
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O futebol não só pede, como precisa de paz!
Usar uma camisa diferente não faz ninguém inimigo, apesar de muitos acharem que sim.
O texto será finalizado com as palavras de Bruno Henrique, atacante do Flamengo que deixou seu recado:
“Queria acrescentar essas coisas que aconteceram fora de campo.
A gente está pregando paz.
Nos jogos aconteceram várias rivalidades fora de campo.
E temos que saber que clássico é isso aí, é dentro de campo. Saiu ali, todo mundo é amigo.
A gente também passa essa mensagem pros torcedores. A gente sabe que envolve uma emoção muito grande.
Mas futebol é emoção, mas a gente tem que saber que além da emoções, existem pessoas que têm seus afazeres e acabam acontecendo mortes.
Hoje em dia a gente está vendo aí guerra fora do país acontecendo, o mundo cada vez mais difícil. Então a gente prega a paz dentro de campo para poder levar para fora”
Que assim seja, Amém!