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Porque Willian e não Róger Guedes?

Luís Butti

Mesmo com números bastante superiores a Willian, ex-Chelsea e Arsenal, Roger Guedes ainda perde na preferência para o camisa 10 na hora de Vítor Pereira montar a escalação ou as substituições.

Willian em ação contra o São Paulo (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
Willian em ação contra o São Paulo (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Aparentemente, se mostra uma escolha fácil para o português optar pelo camisa 9. Mas não é exatamente assim que a realidade nos mostra.

Segundo o TransferMarket, em 24 jogos, Willian somou um gol e três assistências, enquanto Roger Guedes, em 23 jogos tem sete gols e três assistências.

Porém, no mapa de calor segundo o SofaScore, Willian se mostra extremamente presente no campo defensivo e central, pelos lados e também boa parte pelo meio, enquanto o heatmap do camisa 9 é bem mais tímido, embora mais decisivo.

A diferença é que, assim como na época de Chelsea, Willian não é o cara da assistência decisiva ou do gol.

Nunca foi.

O que é exatamente Willian?

É o cara do drible, do penúltimo passe e o principal: sua presença atrai dois ou três marcadores para a zona central, fazendo com que sua movimentação possa até deixa-lo apagado e bem marcado, muitas vezes com uma violência acima do normal e até certo ponto permissiva por arbitragem e VAR, diferente do critério inglês dos homens do apito.

Porém, a qualidade com a bola nos pés de Willian acaba tomando a atenção de meio-campistas e defensores rivais.

Automaticamente liberando espaço para que Giuliano, Du Queiroz, Renato Augusto, Maycon e Paulinho, até a lesão, possam todos avançar ao terceiro quarto do campo e eles sim, gerarem assistências decisivas e gols, diferente de Roger Guedes, que pouco volta e não atua nesta função de puxar marcadores.

Aí você, torcedor, soma o número de assistências, gols e lançamentos de todos estes outros atletas que atuam no segundo terço do campo que só o fazem pela presença de Willian (e não de Roger Guedes) em campo.

Nos abre um novo leque de pensamento e começa a entender que Vitor Pereira não está tão errado assim. Muito pelo contrário.

Atuação fraca à parte no Majestoso deste domingo (empate em 1×1 com o São Paulo), o time segue líder do Brasileirão, classificado na Copa do Brasil e classificação encaminhada na Libertadores.

Será mesmo que a opção pelo ex-Chelsea em detrimento do camisa 9 é tão equivocada assim?

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