A equipe feminina do Corinthians se consolidou nos últimos anos, mas nem sempre foi assim. Com um início instável e até uma pausa nas atividades da modalidade, o clube teve de trabalhar bastante para colher o sucesso atual.
O início
O Timão deu o pontapé inicial na categoria em 1997. Um dos maiores destaques da equipe nesse período foi a revelação de ninguém menos que Milene Domingues, na época conhecida como a rainha das embaixadinhas. Milene permaneceu por aqui de 97 até 2001, quando se transferiu para o futebol espanhol.
Sem conseguir se firmar, a equipe feminina do Corinthians acabou sendo desativada em 2008, 2009.
A retomada
A instituição voltou a ter um time na modalidade em 2016, quando acertou uma parceria com o Grêmio Osasco Audax. Essa parceria durou apenas dois anos, entretando foi o suficiente para ser produtiva e começar a colocar as alvinegras no mapa do futebol feminino brasileiro e sul-americano.
Junto ao Grêmio Audax Osasco, as mosqueteiras conquistaram nada menos que a primeira Copa do Brasil do clube e, no ano seguinte, levantou a primeira Libertadores. De maneira invicta, o Timão derrotou o Colo-Colo na final e levantou sua primeira taça internacional.
A partir daí a diretoria decidiu seguir seu rumo com as próprias pernas.
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Gestão própria e domínio
Cris Gambaré, que na época era conselheira do clube, se tornou diretora do futebol feminino do Corinthians. O técnico Arthur Elias, que chegou ao Parque São Jorge em 2016 foi mantido assim como grande parte de sua comissão técnica e elenco. Nessa época, algumas contratações de peso foram feitas, como Adriana, Érika, Diany e Gabi Zanotti, e o resto é história.
Vale lembrar que pelo fim da parceria com o Audax, o Timão perdeu o direito de disputar a Libertadores de 2018, mas retornou à competição em 2019.
Com poucas alterações no já fortíssimo elenco, as brabas conquistaram três Paulistas (2019, 20 e 21), três Brasileirões (2018, 20 e 21) e mais duas Libertadores (2019 e 21, além da de 2017 quando ainda havia a parceria). Todas as Libertadores foram conquistadas de maneira invicta.
Houve uma reformulação considerável no elenco profissional, mas a equipe manteve se manteve acima das demais ao conquistar a primeira edição da Supercopa do Brasil Feminina, que ocorreu em 2022.
A grande sequência de vitórias e conquistas das brabas acabou rendendo a elas um feito inédito: a equipe apareceu no top 10 mundial no ranking organizado pela IFFHS. Sendo o único clube brasileiro no topo do ranking, a sétima colocação, portanto, também garantiu o posto de melhor time das Américas.
Ainda não sabemos onde o Corinthians vai chegar até que os outros rivais brasileiros comecem a montar equipes cada vez mais fortes, mas seguimos torcendo para que o nosso domínio continue por bastante tempo.