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Relembre últimas participações na Libertadores de Boca, River, Peñarol e Nacional

Luís Butti

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Dia 25 de Março, meio dia, o Corinthians saberá os seus três primeiros adversários na Libertadores da América. Entre brasileiros, novatos e ameaças a cair no Grupo vindo de outros potes, uma certeza: um dos quatro gigantes latinos gringos estará obrigatoriamente no Grupo do Timão. Boca Juniors, River Plate, Peñarol ou Nacional. Obrigatoriamente iremos para Buenos Aires ou Montevidéu, e a Identidade Corinthiana faz um Raio-X de como foi a última atuação dos mesmos na Libertadores da América.

BOCA JUNIORS na Libertadores

O Boca Juniors dispensa comentários. Supercampeão da Libertadores com seis conquistas, o clube mais popular da Argentina vem em momento bastante turbulento fora de campo. Brigas nos bastidores entre o astro Riquelme (atual Vice-Presidente) e Sebastián Battaglia (técnico) agitaram o dia a dia da equipe Bostera.

Desde a perda do título da Libertadores 2018 para o rival River Plate em Madrid e nem mesmo os títulos nacionais acalmaram a metade azul e ouro da capital argentina. Na última edição, caiu nas Oitavas de Final para o Atlético Mineiro. Além disso, por pouco não ficou de fora desta edição, ficando como Cabeça de Chave pelo Ranking CONMEBOL. Apesar de um time forte e com nomes de Copa do Mundo como Frank Fabra, peca no amadurecimento, principalmente de Battaglia na beira do campo. Amadurecimento este, buscado com uma comunhão com o torcedor, de volta após a Pandemia. Mas ainda falta algo pra buscar algo maior fora da Argentina.

Ponto Forte: A mística da Bombonera lotada com o torcedor de volta Pós-Pandemia. Uma casa cheia pode despertar um gigante adormecido com jogadores de peso que não sentem o jogo. Quer queira, quer não queira, a Bombonera sempre é um problema no psicológico de atletas atuando no Brasil.
Ponto Fraco: Ausência de cancha. Time, apesar de veteranos e rodados, não existe uma química elenco-treinador. Dentro de campo, é uma equipe taticamente crua pela inexperiência de Battaglia como técnico, sendo difícil definir um padrão de jogo. Pode haver algum ruído dentro de campo se a questão tática engrossar e o adversário absorver a pressão da hinchada.

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RIVER PLATE na Libertadores

Provável maior favorito ao título da Libertadores da América 2022, o tetracampeão River Plate é o maior case de sucesso nos últimos dez anos na América Latina com Marcelo Gallardo, o treinador a ser batido no Continente Sul-Americano. Conta com nomes como Julian Álvarez, Enzo Fernandez e o experiente goleiro Franco Armani e o meio-campista Javier Pinola.

Também chama a atenção o mercado de transferências do River Plate, principalmente por trazer o talentoso meia Ezequiel Barco, ex-Independiente (Campeão da Sul-Americana em 2017 contra o Flamengo) e que estava no Atlanta United da MLS, fortalecendo as ligações rápidas para o ataque, marca registrada de Gallardo. Contudo, ser um case, tem um ônus: a equipe do River Plate é extremamente estudada, com inúmeros livros, vídeos e análises, dificultando tirar um coelho da cartola se o jogo engrossar. Na última edição, também caiu para o Galo, mas nas Quartas de Final.

Ponto Forte: Possui, DISPARADO, o melhor técnico no mercado Sul-Americano, que, pela longevidade e ótimo elenco, pode anular qualquer equipe bem treinada mesmo com um sistema já consolidado de seu jogo de ligação extremamente rápida.

Ponto Fraco: Por ser exatamente um exemplo de sucesso, o River Plate é estudado em exaustão. Existem dezenas de livros e vídeos explicando todos os movimentos e táticas de Gallardo. Portanto, seus jogos, esquemas e jogadas já são bastante já exploradas e estudadas há tempos, por técnicos. Principalmente se tratando de uma comissão europeia como Vitor Pereira, que foca justamente em análise, questão física e ciência.

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PEÑAROL

Algoz do Corinthians de Mancini ao golear o Timão por 4×0 em Montevidéu e vencer por 2×0 na Neo Química Arena pela Sul-Americana, o Peñarol, a exemplo do Timão, também não esteve na Libertadores de 2021, diferente dos demais latinos citados na matéria. Contudo, o destino botou o Carbonero no caminho do Corinthians, na época com Vagner Mancini. O Peñarol passeou e eliminou facilmente o Timão na Fase de Grupos (só passava um), utilizando justamente a sua grande arma: a Categoria de Base.

O Peñarol, Pentacampeão da Libertadores, não vê o caneco desde 1987 (com um gol de Diego Aguirre, inclusive), porém é o atual Campeão da Libertadores Sub-20 em 2021 contra o Independiente Del Valle do Equador, fazendo mesclar experiência, como Walter Gargano (de Copa do Mundo, inclusive) com jovens extremamente talentosos como Cannobio e Agustín Alvarez, joia rara do Futebol Uruguaio.

Com problemas financeiros seríssimos e pela geografia do país, pequeno e majoritariamente agrícola, assim como o rival Nacional, os clubes uruguaios não conseguem mais competir contra argentinos, colombianos, equatorianos, chilenos e principalmente brasileiros na era do dinheiro no Futebol. Mas vale ficar atento com o caldeirão Campeón Del Siglo, e com a nova geração Carbonera de talentos.

Ponto Forte e Ponto Fraco do Peñarol

Ponto Forte: Melhor Categoria de Base do Continente. Um jogo veloz de Maurício Larriera pode fazer um jogo leve e principalmente sem pressão. O Peñarol buscar o resultado nos outros quatro jogos e empurrar o Corinthians (este sim, bem mais pressionado pelo elenco estrelado) para segundo lugar, levando o Timão para um confronto bem mais difícil numa eventual Oitavas de Final.

Ponto Fraco: Apesar da mescla entre meninos e veteranos dominando dentro do Uruguai, ainda é presa fácil fora do Uruguai quando enfrenta clubes de países de recursos financeiros maiores (e consequentemente técnicos e atletas de mais nome). A ausência de qualidade para padrão continental pode ser um sério problema.

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NACIONAL

Do outro lado de Montevidéu, vem o Tricampeão, e tradicional Nacional. O mesmo Nacional, que eliminou o Corinthians de Tite dentro de Itaquera em 2016, com gols de Nico López, que posteriormente jogaria no Internacional, saiu na Fase de Grupos da Libertadores 2021, indo para a Sul-Americana e sendo eliminado justamente pelo rival Peñarol nas Oitavas. O momento do Nacional digamos, é o menos glorioso dos quatro clubes. Não conta com um elenco recheado de craques diferente do rival Peñarol. Porém, pode ser o mais problemático para o Corinthians por uma razão pouco lembrada.

Na Libertadores Feminina de 2021, Corinthians x Nacional protagonizaram quase uma guerra dentro de campo por conta de atos de racismo e violência por parte das uruguaias. E este embate diplomático pode migrar também para os rapazes, se tornando algo institucional atrapalhando o andamento da partida. Na questão do jogo, o clube azul, vermelho e branco de Montevidéu tem como arma, além do acanhado Parque Central (bem menor e mais acanhado que o Centenário ou o Campeón Del Siglo do Peñarol pra pressão de torcida), o grande Pablo Repetto, um dos treinadores mais bem cotados do continente e que historicamente engrossa para brasileiros. Vice-Campeão da Libertadores 2016 com o Del Valle do Equador, entregando um projeto pronto para Miguel Angel Ramírez, Repetto tenta voltar a botar o Nacional nos momentos gloriosos como em 1988, sua última conquista.

Ponto Forte e Ponto Fraco do Nacional

Ponto Forte: Definitivamente, o treinador Pablo Repetto. Embora não tenha brilhado na última passagem pela LDU, precisar decidir um primeiro lugar de Grupo contra Repetto pode não ser uma boa ideia. Treinador com vasta experiência no mercado sul-americano e em transformar o jogo em batalha. Se necessária, até violenta, lesionando atletas alvinegros. Vale abrir o olho também para o ponta-direita Brian Ocampo, extremamente talentoso.

Ponto Fraco: Diferente de Boca, River e Peñarol, Repetto tem poucos nomes de peso para mudar uma partida ou classificação que saia atrás e o adversário consiga impor o jogo. Até mesmo dentro do Uruguai, o Nacional passa longe do que foi em 2016. Muito técnico para pouco elenco. Por fim, um jogo mais experiente contra clubes de maior poderio financeiro e técnico fora do Uruguai pode gerar sérios problemas ao clube do Parque Central.

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