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Roni: As piadas já podem acabar!

Tiago Zambroni

Roni Medeiros de Moura, volante, 23 anos, 59 jogos pelo Corinthians e 4 gols marcados.

Roni comemora gol em batida de pênalti conta o Boca (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
Roni comemora gol em batida de pênalti conta o Boca (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Um dos pênaltis da série alternada cai nos pés dele.

Roni bate no meio do gol, sem chances para Rossi, deixa o Corinthians vivo na disputa, que terminaria com a épica classificação para as quartas de final da Copa Libertadores da América.

Tinha tudo para dar errado, mas Roni tem personalidade.

Craque? Não é, nunca foi e talvez nunca seja.

Afoito? O alto número de cartões amarelos recebidos indica que muitas vezes, sim.

Entrou numa gelada em La Bombonera, mas não temeu.

Como sempre, deixou a vida no campo.

Roni erra muito, erra tentando acertar, não erra de propósito.

Não entra em campo sozinho, entra com Tupã, e não é o Deus dos índios e nem o talismã de 1990.

Tupã era seu irmão. Talentoso, mas que precisou abreviar a carreira por um problema cardíaco.

Não conseguiu ficar longe da bola, continuou jogando, porém na várzea.

O coração parou e interrompeu os sonhos de Tupã, não os de Roni.

Roni: Críticas ultrapassam o limite!

O torcedor, passional como é, e como deve ser, tem senso crítico apurado.

No entanto, com Roni a coisa acaba ultrapassando os limites da crítica, partem para a galhofa, para a piada.

O camisa 28 tem todas as características que muitos alvinegros exaltam: Raça, vontade, dedicação, transpiração.

Comete seus erros, como por exemplo, a expulsão com dois minutos em campo na Arena da Baixada.

Tomou bronca de Vitor Pereira, aprendeu a lição e aplicou o aprendizado na prática 7 dias depois, quando tirou Adson de uma confusão contra o Santos.

Roni pode e deve ser criticado, mas precisa ser melhor observado.

Está longe de ser o pior jogador do Corinthians, também não é o melhor.

As piadas, o torcedor corinthiano pode deixar nas mãos dos rivais, e não assumir um lugar que é deles.

Que os rivais façam piadas com os jogadores do Timão e o corinthiano faça o mesmo com Dudu, Calleri, Luciano, Gabigol, Marcos Leonardo, etc.

Roni é corintiano, é do Corinthians, é Timão, sempre será.

E o Alvinegro pode até não gostar, é direito de cada um e quando errar, se errar, fazer suas justas críticas.

Por fim, gostando ou não, algo não pode faltar: O respeito.

E sabe porque? Porque Roni respeita a camisa que veste, torce por ela e não a desonra.

É do terrão e merece respeito, gostem ou não!

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