O Corinthians teve mais um jogo fora de casa e por mais uma vez voltou para casa sem uma vitória. As principais críticas à equipe foram por conta da atuação de Cássio e a escalação inicial de Sylvinho.
“Cássio, assim como demais atletas de nível e experientes, são atletas acostumados com o clube, com as pressões, com as críticas e grandes elogios que já houve. Faz parte. Os atletas, principalmente os mais experientes lidam com isso de forma tranquila. Somos um grupo, o grupo nos trouxe até aqui, confiamos naquilo que tem sido feito, o trabalho tem números muito bons. Faltam três jogos e estamos numa expectativa grande, a gente se vê lutando por vaga de Libertadores palmo a palmo. Se houvesse meio ponto no campeonato, estaríamos disputando. O cenário é bem diferente do que pintavam, estamos aqui buscando nossa vaga direta. Vai ser fácil? Não. Ela está garantida? Não. Mas conquistamos nesse período a condição de jogar esses três jogos e estar tentando a vaga”.
Todo atleta pode errar
O treinador fez questão de ressaltar que todos podem errar, tentando tirar um pouco do peso das costas do camisa 12 corinthiano. O erro do goleiro no primeiro gol foi amplamente criticado pela torcida.
“Futebol se vive de acertos e erros, nós trabalhamos com um grupo, vamos continuar confiando e trabalhando num grupo. O atleta é passível do erro, assim como nós… Hoje fomos assertivos, como em outros momentos, em substituições. Faz parte, todos nós acertamos e erramos, é um esporte complexo e coletivo, que obviamente se trata com individualidades. Triste pelo resultado, mas temos em breve um jogo em casa, no qual estamos lutando por vaga direta. Somos o sexto melhor mandante do campeonato, o quinto melhor visitante…”.
Como o Sylvinho avaliar seu próprio trabalho?
“É um trabalho digno, bom, em que o vestiário está entendendo, tem dado suas entrevistas e são absolutamente claras, quando eles falam do trabalho da comissão técnica. E não é só meu não, tenho Doriva, Lázaro, Flávio Oliveira e outros membros de comissão que podem falar que nosso ambiente é bom, agradável, e temos uma briga por uma vaga de Libertadores. Mas não tenho a pretensão de analisar, sei que é um trabalho digno, honesto, suado, em que pegamos e não eram esses números”.
Por que Renato Augusto começou entre os reservas?
A lesão de Giuliano deve ter acendido um alerta no vestiário do comandante, pois ele mencionou que Renato mostrou sinais de cansaço. Nesse caso, de fato é melhor evitar uma possível lesão.
“Renato vinha de 13 ou 14 jogos seguidos, sinalizou um cansaço grande pós-Santos, a recuperação não foi total. Não tinha condição de iniciar o jogo. Veio, esteve conosco, nos ajudou 30 minutos. Iniciar é uma coisa, jogar 30 minutos é outra”.
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E qual a opinião sobre Luan?
Depois de ser colocado entre os onze iniciais por Sylvinho, muitos torcedores não entenderam nada. No entanto o camisa 7 fez um primeiro tempo razoável, dentro das possibilidades da equipe.
“Luan tem treinado bem, estava esperando mais uma oportunidade, é um atleta de grupo. O momento era do Luan. Não entendo uma questão de aproveitar ou não a oportunidade, é um atleta que está, participou e, na ausência do Renato, tínhamos claro que era o momento do Luan jogar”.
Gols no começo do jogo
O alvinegro tem concedido muitos gols no início das partidas fora de casa e isso tem deixado a torcida bastante insatisfeita. Sylvinho tentou se apoiar dizendo que tem a “terceira ou quarta melhor defesa”, portanto “não são números ruins”.
“Não é bom tomar gol no início ou no fim, a gente não escolhe quando toma. Você tem um gasto maior. Aí vem a pergunta se prejudica a performance do time. Não sei se prejudica, mas você tem que acelerar mais o jogo, tem um gasto energético maior, porque seu adversário está postado e você tem que estar ali passando, não escolhendo o tempo que vai atacar, tem que apressar jogadas. Foi o que aconteceu hoje. O resultado não foi o que queríamos, apesar de a performance ter sido pelo melhor. As condições nossas ainda são de permanecer no G-4 e lutar até o final pela nossa vaga”.