25 de maio de 2021, até então com dificuldades para fechar com um treinador, o Corinthians apresenta Sylvinho como treinador após a saída de Vágner Mancini.
Chegou após uma passagem de apenas 11 jogos pelo Lyon da França em 2019.
Bagagem como ex-jogador, auxiliar de grandes técnicos, fama de estudioso, que seguia linha de trabalho semelhante à de outros técnicos vencedores no próprio Alvinegro.
Esse era Sylvinho, que se auto-definiu como pilhado e rapidamente imprensa e torcida compraram o rótulo.
Logo na primeira entrevista, disse uma palavra que naquele momento passou batida, mas que o acompanha até os dias atuais: Construção.
E essa parece não ter fim.
Brincadeiras, memes, frases irônicas e outras coisas do gênero lembrando a tão proclamada construção sempre aparecem em momentos de contestação de seu trabalho.
Ninguém duvida que Sylvinho realmente goste do clube, seja extremamente dedicado ao trabalho, mergulhe verdadeiramente na profissão e tente de todas as formas dar certo no que se propôs a fazer.
Mas, parte da torcida parece não compartilhar do mesmo otimismo e tranquilidade que o profissional costuma exibir em suas entrevistas pós-jogo ou no CT do Parque Ecológico.
Os números não mentem, Sylvinho.
Até o momento, são 42 jogos, com 16 vitórias, 14 empates e 12 derrotas.
Além disso, o time marcou 42 gols e sofreu outros 38.
O aproveitamento é de 49,2% até o momento.
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E a construção continua…
Se no início do trabalho parecia ser normal que Sylvinho tivesse grandes dificuldades até por conta das muitas carências do elenco naquele momento, a partir da chegada de Giuliano, um novo horizonte se abriu.
Era a segunda parte da construção, mas agora com mão de obra qualificada.
As chegadas do já mencionado Giuliano, de Renato Augusto, Roger Guedes e Willian deram novas possibilidades e supriram lacunas, porém, evolução apenas nos resultados.
No entanto, muito desses resultados parecem ter muito mais a marca registrada do talento individual do que propriamente do trabalho ou de uma ideia de jogo por ele desenvolvida.
A tão exaltada campanha de recuperação que levou o Corinthians e Sylvinho à libertadores passa muito por esses talentos individuais.
E vale lembrar que a comemorada 5° posição só não foi a 4° por conta de uma atuação horrível na última partida diante do Juventude em Caxias do Sul.
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Sylvinho: 22 com carinha de 21
O ano mal começou, nem todos os novos reforços estrearam (Ivan sequer foi anunciado) e a torcida já está reclamando.
Mas como ? São apenas dois jogos.
Na verdade, para o torcedor mais crítico, são 42 jogos.
Tudo porque as atuações contra Ferroviária e Santo André lembrar e muito algumas atuações do ano passado, mesmo vencendo fora de casa após 155 dias, como no último domingo (30) no ABC Paulista.
Quando a construção poderá ser chamada de obra concluída ? Consolidada ?
Na próxima quarta-feira (02) tem clássico contra o Santos em casa, e o time precisa dar uma resposta.
Normalmente Sylvinho costuma dar boas respostas sob pressão e o jogo contra o arquirrival se encaixa nesse perfil.
Por fim, a vitória dará mais tempo e tranquilidade para o treinador continuar sua obra.
Caso contrário, os fiscais continuarão a pedir o seu embargo.