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Vítor Pereira diz que está negociando com o presidente

Caíque Guirao

Poucos dias após o vice da Copa do Brasil, o Corinthians entrou em campo para buscar garantir a vaga para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem. No entanto a permanência, ou não, de Vítor Pereira acabou sendo um dos pontos centrais da coletiva.

Vítor Pereira está conversando com Duilio mas ainda não decidiu seu futuro. (Foto: Rodrigo Coca / Ag Corinthians)
Vítor Pereira está conversando com Duilio mas ainda não decidiu seu futuro. (Foto: Rodrigo Coca / Ag Corinthians)

Com vínculo até o final do ano, o treinador reiterou que a decisão será comunicada primeiramente pelo presidente do clube.

“Sobre a minha permanência, já me sentei com o presidente, estamos a discutir as coisas, vamos ver, mas ele que vai se pronunciar, ele que é o presidente, ele que está à frente do clube, não é o treinador que tem que chegar aqui e dizer que vai continuar ou não. Não há decisão nenhuma, há início de conversas, ele já percebeu o que se passa. Eu tenho vontade… É um clube, uma torcida, mas tem muito a ver com uma questão pessoal que eu tenho que equacionar muito bem, a vida não é só futebol”.

Família

O técnico novamente mencionou que sua decisão passa pela aprovação de sua família. Ele diz que é importante saber que eles estão bem, antes de definir o que fará.

“A questão familiar para mim é fundamental, não posso deixar mal minha família para eu ser feliz. Tem que haver um… Se eu ficar, tenho que sentir que eles estão bem. Se eu não sentir isso, me perdoem todos, mas eu vou. Essa situação não é uma coisa simples, é uma situação pesada”.

Em negociações, o português deixou escapar que já há uma ideia de planejamento para o caso de ele decidir ficar.

“Converso sempre com Duilio, Alessandro e Roberto, pessoas que estão com muita vontade de criar um projeto ambicioso, que nos permita lutar por títulos. O clube está nessa vontade de que se crie, que se vá buscar dois ou três ou quatro jogadores que tornem a equipe mais forte, continue crescer e lutar por títulos. O que está em causa é uma questão familiar que é séria, não vou ficar aqui a contar da minha vida. É uma questão séria, tenho que sentir se aqui ele vão estar bem. Se eles não estiverem bem, não vale a pena ficar aqui, porque não vou ficar de corpo e alma. Vou me sentir egoísta. Eu não sou assim, sou cuidador das pessoas que estão ao redor, família é família”.

Por fim ele ainda mencionou que outros membros de sua comissão técnica, como por exemplo o auxiliar Felipe Almeida, também têm filhos para cuidar, portanto a decisão é mais abrangente. Mas ele finalizou exaltando o ambiente do Corinthians.

“Esse clube tem me dado muitas emoções, eu gosto muito de emoções fortes, estou no lugar das emoções fortes”.

Nível do futebol nacional

Fato comum de quem vem de fora, Vítor Pereira achava que o Brasileirão não era tão difícil, ou equilibrado, entretanto viu que estava enganado.

“Relativamente ao campeonato, aí sim, muito mais difícil. Já imaginava um campeonato difícil, quando cheguei tive humildade de dizer que não via muito, só via o Campeonato Brasileiro para descobrir jogadores. Nunca percebi à fundo as equipes, em termos táticos e técnicos. Pensei que ia encontrar um campeonato menos difícil, acho esse campeonato muito difícil. Pelo calendário, temperatura, diferença de uma equipe para outra. Enfrentar o Santos é completamente diferente de enfrentar o Flamengo. É um campeonato em exigência muito grande. Daqui a quatro dias temos um adversário completamente diferente, que nos obriga a mudar muitas coisas. É um campeonato muito exigente. Confesso que me surpreendeu, pensei que era um bocadinho mais fácil”.

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Disputar títulos

O treinador destacou que deseja estar em uma equipe com possibilidades de disputar títulos, e que atualmente vê o Corinthians bem melhor nesse sentido.

“Eu quero estar em campeonatos que me obriguem a crescer, tem que estar preparado para isso. Quero ter argumentos para discutir títulos. Não vou perder o meu tempo. Gosto de estar em equipes que me permitam competir. Nossa equipe está crescendo, tivemos um período de muitas lesões, que não nos permitiu jogar num nível que eu gostaria. Estamos chegando num nível que já conseguimos mudar taticamente quando precisamos. A equipe está a crescer, os miúdos vão crescer… A decisão não está tomada, é preciso pensar bem as coisas”.

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