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Opinião: Diferentes atitudes na camisa 10

Tiago Zambroni

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No dia em que Willian marcou seu primeiro gol com a camisa do poderoso Fulham/ING, me lembrei da sua passagem pelo Corinthians usando a camisa 10.

Dois camisas 10, duas atitudes diferentes (Foto: Montagem/Agência Corinthians)
Dois camisas 10, duas atitudes diferentes (Foto: Montagem/Agência Corinthians)

Não queria voltar no assunto, mas o gol e a comemoração efusiva de Sir Will me fez voltar há alguns meses em 2022.

Willian claramente voltou ao Timão por obra do pai, Sr. Severino da Silva, figura participativa na política corinthiana, sempre visto no Parque São Jorge, um corinthiano, com toda a certeza.

Era a vontade do pai, não a dele, não a da esposa.

Em campo, correu, tomou pancada, ficou fora por lesão, fez um ou outro bom jogo, foi ameaçado pela internet e tal qual um aluno do curso de formação para combatentes do BOPE/RJ, pediu pra sair.

Em 12 rodadas na Inglaterra, jogou 5 vezes e fez 1 gol.

Já igualou a sua passagem no Corinthians, só que o gol dessa vez foi importante, gol de vitória, fora de casa, contra o Leeds United, com a bola rolando.

O único gol de Willian com a camisa do Corinthians foi de pênalti, praticamente doado por Róger

Gol marcado uma tranquila vitória contra o São Bernardo no Paulistão de 2022.

O placar já mostrava 2 a 0 para o Alvinegro quando Willian bateu o pênalti e comemorou discretamente o lance.

Quase que uma obrigação.

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Atitudes de 10 em Guedes

Falando em Róger Guedes, o criticado camisa 10 atual, não lhe faltam atitudes diferentes.

Diferente de Sir Will of the London, Róger ostenta a camisa 10 corinthiana.

Sempre que pode, exibe o número com orgulho, como no último sábado (22), ao tirar da cartola um gol contra o Santos na Vila Belmiro.

Já tinha feito o mesmo ao marcar outro tento importantíssimo no Maracanã contra o Fluminense pela Copa do Brasil.

Foi criticado, aplaudido, não jogou bem nas finais da mesma competição contra o Flamengo, perdeu um gol inacreditável, a esposa sofreu ameaças e não, não pediu para sair.

Apenas xingou de babacas aqueles que ameaçaram sua esposa grávida e tocou o barco.

Se ainda estivesse em campo na última quarta-feira (19), teria batido pênalti entre os 5 primeiros, pois atitude não lhe falta.

O que estranha é: Porque um garoto vindo do sagrado terrão, com a família corinthiana, nascido em Ribeirão Pires, não conseguiu ser feliz no seu clube de origem e outro, vindo do Rio Grande do Sul, radicado em Criciúma/SC, com família gremista e passagem pelo maior rival, consegue se identificar com tanta facilidade ao clube?

Não só se identificar, mas se doar, fazer movimentos que não lhes são habituais, aprender coisas novas, sentir uma derrota, esbanjar sinceridade nos microfones mesmo visivelmente abatido.

Em um movimento anti natural, diferente da mão/barriga de Léo Pereira há 11 dias atrás, foi preciso a “estrela” sair para a estrela brilhar!

Deveriam se ajudar e no entanto, quando o “corinthiano” saiu, o destaque apareceu.

Róger Guedes ainda ajudará muito o Corinthians, pois mostra vontade de vencer e tem talento suficiente para isso.

Além disso, tem atitude, coisa que faltava muito a Willian, hoje feliz com a camisa 20, no banco do todo poderoso sétimo colocado da Premier League, o Fulham.

https://m.youtube.com/watch?v=oUk2fBqHR54

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