Além da importância em conseguir os 3 pontos para se manter na liderança por mais uma rodada, Vítor Pereira ressaltou a dificuldade do feito realizado pelo Timão. Fazia uns bons meses que o time de Bragança Paulista não perdia em casa, portanto há uma razão a mais para comemorar.
“O Bragantino trabalha junto há muito tempo, com o mesmo treinador, um trabalho de qualidade. O fato de o Bragantino estar há tempo tempo sem perder é significativo, nesse campo não é fécil ganhar. Defendemos bem, defender bem também é arte. Retiramos a largura, pois eles têm jogadores fortes no enfrentamento, no um contra um, que sem cobertura passam. Metem muita gente na área. E apesar de o Bragantino ter tido mais bola, circulado mais a bola, chance clara tiveram uma, um cabeceio que saiu ao lado, tivemos sorte. Quando tivemos nossa chance, fizemos o gol”.
O técnico explicou por que mudou o esquema no final do jogo.
“Depois do gol, sabíamos que Jadsom ia encaixar na linha de trás com os dois zagueiros abertos, iam colocar jogadores na nossa linha e fazer cruzamentos. E iam criar problemas de fato. Primeira vez na minha vida que coloco dois zagueiros (João Victor e Bambu), mas é assim. O Bragantino começou a jogar bola fatiada no lateral-esquerdo, íamos ganhando a primeira bola, mas o Rafael é baixinho, estávamos a bater com jogador de 1,85m e outro na zona dele, o que fazer? Fechar o lado, fechamos com o Robson Bambu e a equipe equilibrou. Quando não tivermos em dia de qualidade, a raça tem de estar lá dentro. E levamos os três pontos. Fomos pragmáticos”.
Preferência por estilo de jogo
O treinador entende que o time não jogou da maneira que ele gosta de jogar, mas ele se preocupou mais com a vitória nesse caso.
“Naturalmente, sou um treinador que gosto do bom futebol, gosto de ver um futebol de qualidade, mas sou muito competitivo. Essa sequência de jogos não nos permite jogar sempre com grande qualidade. Viajamos para Cali, tivemos jogo, viajamos para cá (Bragança)…Quando olho para a Premier League, vejo uma semana carregada e na outra eles limpam. Aqui tem um calendário que não defende o bom futebol, não defende os bons jogadores, pois as lesões vão aparecer. E com base nesta necessidade de enfrentar um calendário desse, é normal ter oscilações. Quando não temos a qualidade, temos de ser competitivos”.
O técnico e o calendário
Vítor Pereira analisou bastante as possibilidades antes de aceitar o convite corinthiano, pois sabia que precisaria mudar seu planejamento de trabalho.
“Pensei por 15 dias para aceitar o Corinthians. Não tinha a família preparada. Depois, olhava o calendário, tempo para treinar não existe, não fizemos pré-temporada, vamos ter de pegar o comboio em andamento. O tempo de treino é reduzido. Só conseguimos treinar com metade da equipe e meninos da base um dia por semana. Aí tentamos evoluir algo em nosso jogo. Obriga que o treino seja muito objetivo, tentar melhorar esse aspecto e esse aspecto. Não podemos desgastar muito. Essa dinâmica eu sabia que ia apanhar com uma carga dessas, mas vivê-la não é fácil. Eu, mentalmente, me sinto cansado. Mais um dia ou dois estou pronto para a luta outra vez. Esse é o espírito”.
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Sequência complicada
O comandante quer manter o time vivo em todas as competições, portanto é necessário que os placares da próxima sequência sejam poisitivos.
“O torcedor quer ganhar todos os jogos. Temos a responsabilidade de lutar pelos três pontos em todos. Vamos tentar nos manter vivo em todas as competições. O jogo de quarta é decisivo, temos de ganhar para continuar na Copa do Brasil. Fazer uma equipe competitiva, levando em conta os jogadores mais desgastados, para que não ocorra lesão. As musculares e as traumáticas”.
Vítor Pereira fala sobre a forma física, reforçando o principal motivo que o fez implementar o rodízio no elenco. E, felizmente, o saldo tem sido positivo até o momento. Mesmo com algumas ressalvas.
“Quando estamos cansados, não tiramos o pé, não raciocinamos. Eu mesmo estou cansado, não tenho um dia para descansar, sair da caixa. Eles sentem também. Vamos fazer um time para tentar ganhar. Depois, contra o Inter, com uma equipe que consiga competir, jogando melhor ou pior, mas com o espírito. O torcedor quer que ganhe do Inter, na Argentina, o jogo da Copa do Brasil. Vamos tentar nos manter vivo e pensar jogo a jogo”.