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Fim da Era Tite: 80,2% de aproveitamento, 100% melancólico!

Bruno Dookie

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Tite deixa de ser treinador da Seleção Brasileira após eliminação

Com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo no Catar na última sexta-feira, Tite se despede da Seleção Brasileira da forma mais “fora do script” possível.

Sofre um gol extremamente inacreditável para seu modo de trabalhar futebol, e devido ao excesso de cautela contra a mediana seleção croata, (embora merecidamente semifinalista novamente) pode ter mostrado apenas em seu último ato, depois de longos 6 anos, que talvez jamais teve o tamanho necessário para comandar a maior camisa da história do futebol em uma Copa do Mundo.

Eliminação do Brasil para a Croácia foi puro suco de Tite:

Tite deixa a Seleção Brasileira após eliminação no Catar
Tite deixa a Seleção Brasileira após eliminação no Catar

Para quem acompanhou de perto o Corinthians pós-rebaixamento, e viu como trabalhou Tite por aqui, sabe muito bem: a eliminação para a Croácia foi “puro suco de Tite”.

Foi um novo Tolima em sua carreira? Mesmo com todo respeito à Croácia, talvez. E coincidentemente, apenas Andrés, possível novo Presidente da CBF (?) teria a possibilidade de mantê-lo novamente depois de uma “Toliminação” como a desta sexta-feira.

Puro suco de Tite, mas puro suco de Corinthians também, e mais, puro suco de Corinthians pós-2019, sofrendo com o próprio DNA criado de pragmatismo excessivo, com muita cautela defensiva, e aquele 1 x 0 que faz com que a bola às vezes se encarregue de cometer a punição.

E falando sobre a Croácia, passou nos pênaltis nas Oitavas e nas Quartas da Copa de 2018. Cozinhou Inglaterra na Semi e passou com gol no fim na prorrogação. Passou de Japão e Brasil também nos penais em 2022.

tinhosa

EM TODAS AS VEZES SAIU ATRÁS NO PLACAR! SENDO PURAMENTE PRAGMÁTICA! TINHOSA! CHATA!

A seleção liderada mais uma vez por Modric tem 4 empates em 5 jogos em 2022. Ganhando duas disputas de pênaltis novamente, chega à outra semifinal.

Croácia entre as 4 melhores mais uma vez:

Merece respeito total pela classificação e de 1998 pra cá, se une a um seleto grupo de seleções com 3 ou mais semifinais nos últimos 24 anos: Holanda (98-2010-2014), Alemanha (02-06-10-14) França (98, 06, 2018) e Brasil (98, 2002, 2014).

Mas a Croácia 2018-2022, é pragmática, engessada e estratégica. Joga com o que pode e o pragmatismo é isso. É calculado pra vencer, queira o público ou não.

Supera e vence mesmo se o adversário tem mais talento ou camisa.

A gente ama o Guardiola e o futebol mais sensacional do Século XXI.

Mas de uma vez por todas, alguns precisam repensar o amor com o futebol ofensivo.

No esporte e na vida você joga como pode, com o que tem em mãos, avaliando o adversário.

A Croácia fez uma das coisas mais inacreditáveis da história do futebol ontem.

Não por eliminar o Brasil, um gigante inalcançável. Mas principalmente porque não foi pontual ou casual.

Apreciem quando Davi bate Golias
Apreciem quando Davi bate Golias.

Foi exatamente como ela fez em 5 das últimas 6 vezes que esteve no mata-mata entre 2018 e 2022, o que nos faz excluir o fator sorte: teve muita lógica ali. 6 vezes na prorrogação, 5 vezes nos pênaltis, 6 vezes correndo atrás do placar. 6 vezes vencendo o próprio mental tranquilamente, dando apenas um mísero chute a gol contra o time de Tite ontem.

Estatisticas da partida Brasil x Croacia
Estatísticas da partida Brasil x Croácia
  • Foi milimétrico.
  • Foi no tendão de Aquiles.
  • Foi um absurdo.
  • Um absurdo calculado.

Até mesmo as duas primeiras cobranças batidas no meio do gol de Alisson. A terceira com Modrić confundindo o nosso goleiro que visivelmente entra em parafuso e fica esperando um pouco por mais uma cobrança no meio. E me parece pensado que o craque venha logo após duas batidas pragmáticas, pra sair do algoritmo de Alisson.

Apreciem o único esporte que isso é possível.

E paremos de cahar regra com o ofensivismo.

O futebol não tem apenas um estilo de jogo.

2019 ainda pulsa no Corinthians.

O torcedor paga até hoje.

A casinha deveria seguir fechada, com ou sem Carille, até a chegada de 2022 com um elenco mais qualificado, era pra seguir sendo milimétrico, chato e pragmático.

Como era na riqueza e na pobreza. Como era diferenciado do resto com um estilo próprio de jogo.

Como a gente perturbava o resto de 2017 pra frente, mesmo com times mais modestos, mesmo órfão do próprio Tite.

Como na final contra a poderosa Crefisa em 2018, o primo pobre da vez ganha. Como no Tri-paulista com tantas disputas por penais no caminho, no Brasileiro de 2017 como quarta força do estado no início do ano à primeira colocação nacional com primeiro turno invicto e pragmático.

Como quando eliminamos o já poderoso Flamengo, após um 0 x 0 pragmático em 2018. Como contra Sampaoli em 2019. Como contra Coudet na Sulamericana também de 2019.

RUIM É PERDER!

Aprendemos a ser ainda mais tinhoso nas mãos de Carille. Foi a evolução de Tite, já que Carille não pegou elencos tão qualificados como Adenor.

Era pra seguir sendo Croácia, quando estava mais pra Croácia. E buscar ser Brasil quando pode ser Brasil e viva o futebol.

 

Postagem de Luis Butti sobre a Copa de 2018

Pausa para a leitura desse tweet que é um absurdo em seu acerto, e se não pagamos exatamente com a Coréia, pagamos com a Croácia. Tite demonstra de fato o quanto tem talento no longo prazo, nos pontos corridos, na segurança como um todo, no projeto, na organização das coisas e no comando irretocável fora da Copa.

Maaaas….o feeling do Tweet de nosso querido Butti é perfeito. É a colocação exata do que coroa 6 anos de Tite na seleção. Um treinador que talvez sinta o jogo grande, que abraça o excesso de cautela, que não se impõe contra um time inferior sim tecnicamente e que aceita correr riscos demais contra um time tão tinhoso como a seleção croata. Pagou com a eliminação.

Pagou pelo excesso de cautela. Pagou por assumir correr riscos no demais no comando de uma seleção superior historicamente, tecnicamente e com mais talentos, que já deveria estar buscando o gol desde o início do jogo para não dar sopa para o azar.

Levamos a colher, a sopa e o azar. Eles só chegaram com a Camisa-Toalha de 2018-2022. Treinamos por 4 anos como furar retrancas, e só mudamos a postura do time em campo na virada do segundo tempo. Um erro que custou caro demais.

Tite prova do próprio veneno, e exatamente 10 anos depois, perde da forma que ganhou do Chelsea.

Mas dessa vez, sem a ajuda dos Deuses do futebol. E paga por não ser pragmático dentro do seu próprio sistema de jogo atual.

Seu time era melhor, muito melhor que o adversário, e o seu pragmatismo nessa situação deveria ser o oposto, o pragmatismo de não correr riscos com uma seleção inferior e se mostrar superior querendo jogar 90 minutos. A Croácia só quer ver o tempo passar. E consegue.

Deveríamos martelar os 90 minutos. Sem medo. É a Croácia. Não é a Alemanha de 2014.

Tite abdicou dos primeiro 45 minutos e não muda a postura do time à beira do campo, não foi fiel à sua superioridade pré-jogo e ao tamanho de sua camisa. Espera o intervalo pra voltar extremamente modificado, mesmo que com praticamente os mesmos jogadores, muda a mentalidade apenas ali.

Deu muita sopa pro azar. pra vitória magra. Do que funcionou 95% das vezes pra ele quando não tinha tanta superioridade técnica em relação adversário assim como quando dirigia o Corinthians por exemplo e não alguns dos melhores jogadores do futebol mundial. Pecou por medo, simples assim.

A Croácia, convicta de sua estratégia pré-definida como azarona frente à amarelinha mais poderosa da história do futebol (ainda seguimos penta, ok?), seguia firme na ideia de ir pra prorrogação e pênaltis. Ganhava confiança por isso enquanto o Brasil ficava levemente mais ansioso ou nervoso.

Tite, treinando por 4 anos pra furar retrancas de times inferiores, falhou miseravelmente.

Esqueceu que dessa vez não era o Corinthians do jogo. Estava do lado oposto, era o Chelsea do jogo, deve se impor, e não depender do azar que um time grande pode ter ao brincar com Deuses do futebol.

E talvez se despeça da seleção deixando totalmente claro que Copa do Mundo possa ter sido algo grande demais pra alguém com menos estrela do que se precisa pra se ganhar uma Copa, e muita, mas muita cautela pra um treinador da maior camisa da história do futebol.

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