Fundado no dia 1 de setembro de 1910, o Corinthians fez, faz e vai continuar fazendo a história de gerações ao longo do tempo. Para muitos, o “ser Corinthians” é lembrar os grandes feitos dos primeiros ídolos, como Neco, Amilcar Barbuy, Teleco, Del Debbio, Grané e Tuffy.
Há quem prefira exaltar os campeões do IV Centenário, como Idário, Luizinho, Cláudio e Baltazar, honrar as trajetórias de Rivellino, a explosão do gol de Basílio, a elegância corinthianista e revolucionária de Sócrates. Aos mais novos, a raça de Neto, o talento de Marcelinho, a gana de Carlitos Tevez, a genialidade de Ronaldo, a força de Ralf, a técnica de Danilo, o poder decisivo de Emerson Sheik são os combustíveis que continuam alimentando a paixão que não se explica.
Mas o que é o “ser Corinthians” para as crianças da geração atual? Para celebrar os 112 anos do Time do Povo, a serem completados anos nesta quinta-feira, vamos comemorar de modo especial. Os parabéns para o alvinegro do Parque São Jorge vêm das vozes de alguns miúdos torcedores.
Miguel, 4 anos: ‘’eu desejo que o Corinthians seja muito forte e campeão’’
‘’Eu sou Corinthians desde a barriga da mamãe’’, vibra o contundente Miguel, de apenas quatro anos de idade. Natural de Nova Odessa, cidade que fica a 121 km de São Paulo, o pequeno torcedor luta desde a infância para frequentar a Neo Química Arena e não deixar de acompanhar nenhum jogo do Timão pela TV.
Ainda bebê, Miguel teve que passar por um tratamento, pois nasceu com uma doença rara, a hemimelia tibial, síndrome que impede o desenvolvimento da tíbia. Em 2018, com uma camisa autografada pelos jogadores do elenco alvinegro à época, os pais do menino fizeram uma rifa e conseguiram arrecadar dinheiro para a cirurgia, realizada naquele mesmo ano.
Hoje, Miguel usa uma prótese na perna e já sonha em ser goleiro, assim como o grande ídolo, Cássio. Além de ser mais uma voz na arquibancada em vários jogos, o fã incondicional do Corinthians não deixa de ver o time em campo mesmo quando a partida ocorre tarde da noite. No dia seguinte, Miguel faz questão de assistir aos melhores momentos e vibrar como se estivesse assistindo ao vivo.
Para demonstrar o verdadeiro sentimento pelo time de coração: ‘’Eu sinto amor, me sinto feliz e animado e desejo que o Corinthians seja muito forte e campeão’’, declara o corinthianinho.
Olga, 6 anos: ‘’Mesmo se perder, ele não desiste’’
A pequena Olga, de seis anos de idade, aprendeu a ser corinthiana com pai, André. Pode-se dizer que os dois têm uma grande conexão. André ficou hospitalizado por um tempo e, após o período de internação, decidiu fazer uma surpresa para a família.
A menina, que não tinha o costume de usar a camisa do Corinthians com frequência, estava vestida com o uniforme alvinegro mesmo sem saber que André chegaria em casa. A camisa 10 às costas e o símbolo do Timão no peito fizeram a emoção de todos.
Era o Corinthians fortalecendo cada vez mais os laços entre pai e filha. Ambos são companheiros na hora de torcer para o Timão. Em casa ou nos estádios, vibram com a mesma intensidade.
Perguntada sobre o jogador preferido, a pequena Olga não titubeou: ‘’Era o Willian, mas como ele saiu, então é o Mosquito’’, cita a pequena corinthiana que ainda explica a escolha. “Porque o Mosquito é muito rápido, ele faz gol e erra às vezes’’.
A menina, aliás, já sabe que como uma boa torcedora alvinegra, não há nada perdido para o Coringão: “Se ele perder, é para não desistir’’.
Cadu, 14 anos: ‘’ O Corinthians me ensinou a não parar de lutar’’
O jovem Cadu gosta muito de formula 1, mas também é apaixonado pelo Corinthians. Com 14 anos de idade esteve e assistiu momentos importantes da trajetória do clube. O jogo que entrou para história do pequeno foi o duelo entre Corinthians e Palmeiras, pelo Paulistão, em 2018. Na época Cleyson e Rodriguinho marcaram os gols do Timão, um aos 40’ do 2º tempo e o outro quase no fim do jogo.
‘’Aquele dia os jogadores deixaram os zagueiros do rival no chão’’, recordou Cadu.
O jovem, nasceu com uma doença chamada Leucomalácia Periventricular, enfermidade nos membros inferiores das pernas. O amor de Cadu pelo Corinthians foi à primeira vista, ‘’Desde bebê, quando era o Corinthians, era diferente com ele’’, disse sua mãe emocionada.
O Time do Povo ensinou Cadu a ter determinação e a nunca desistir. ‘’Uma vez que eu estive no CT, encontrei alguns jogadores e também o Cássio, eu disse para ele que faria um gol nele e ele disse que se eu andasse e fizesse a fisioterapia certinho, iria fazer o gol bem na Arena, e ele cumpriu’’, enunciou o menino.
‘’Isso me ensinou que não é pra parar de lutar, desistir e continuar fazendo a terapia’’
Helena, 8 anos: ‘’que o Corinthians sempre continue ganhando e nunca perca a fé’’
‘’Quando o Corinthians joga eu fico feliz, meu pai me joga pra cima e a gente grita pela janela’’, começou Helena, ao falar sobre assistir o Coringão na TV. Com oito anos de idade, a pequena exalta o seu amor genuíno pelo clube Alvinegro.
‘’eu sinto amor pelo Corinthians, desde que nasci fui influenciada pelos meu pais, minha avó e todos da minha família’’.
Bem como, a avó da pequena nasceu bem no ano que o Corinthians foi fundado, em 1910. Mosquito é o jogador preferido da Helena ‘’Ele faz muitos gols’’, disse estonteante.
Ao Corinthians, com todo amor, dos seus pequenos miúdos.
Feliz Aniversário, Timão!
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