O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, esteve presente no painel Brasil Futebol Expo, da CBF. O evento está acontecendo desde domingo (8), na Casa Verde, Zona Note de São Paulo. Ao lado de Júlio Casares, atual presidente do São Paulo; Andrés Rueda, do Santos; e Thiago Scuro, diretor do RB Bragantino, Sanche se disse contra a SAF (Sociedade Anônima no Futebol) no clube Alvinegro.
“A pressão no Red Bull Bragantino é uma, para ter uma limitada, nos clubes daqui (os três grandes) é outra. Sou consultor no Cruzeiro, falei para o Ronaldo: a vida hoje no Cruzeiro está boa, quero ver ano que vem, porque a cobrança é outra. Ele é o dono. Se não põe dinheiro, não pode nem sair na rua em Belo Horizonte. Ele vai ter que montar um novo time e isso custa. Temos um problema muito mais grave, além do modelo de gestão. Na SAF os empresários serão os mesmos, os jogadores também, seja com SAF, limitada ou associativa“, iniciou o ex-presidente.
“Sou a favor que o clube também possa fazer recuperação judicial. Não sou contra a SAF, mas a SAF tem dez anos para pagar as dívidas. No Corinthians tem processo há 18 anos, e o cara não recebeu até hoje. Se tivesse recuperação judicial, ele receberia. O Corinthians ficou sete anos sem receber um centavo com bilheteria, e a conta um dia chega, e chegou. Tem que pagar o estádio, o CT, tudo isso. O único lugar em que cai dinheiro do céu é na igreja, em outros lugares não“, complementou.
Veja mais sobre o Timão:
+ Miúdo de Vítor Pereira perde espaço após acerto definitivo com o Corinthians
+ Próximo jogo
SAF
Logo depois, sobre todos os clubes se tornarem SAF, Sanchez salientou que se isso acontecesse as esportes olímpicos acabariam. Além disso, o ex-presidente declarou que o Corinthians gasta certa de R$ 100 milhões com essas modalidades e que quem banca o dinheiro é o futebol.
“As igrejas rezam pai-nosso, vale para todas as religiões, e não pagam um centavo de imposto. Não paga. Qual a diferença do clube de futebol para a igreja? Mas não pode tocar na igreja, senão, meu amigo… Se todo mundo for SAF, o que vai acontecer é que os clubes associativos vão acabar com todos os esportes olímpicos. É isso que queremos no futebol? Eu sou contra a SAF no Corinthians. Muitos clubes precisam, mas o Corinthians não. No máximo manter 51% e vender o restante, virar ação, sei lá“, disse.
Por fim, o evento que acontece desde o dia do útlimo domingo também contou com a presença do técnico do Corinthians, Vítor Pereira. Na segunda-feira, o português fui um dos palestrantes ao lado de Luís Castro, comandante do Botafogo.
