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Corinthians não tem técnico, não tem tática e, aparentemente, não tem time

Caíque Guirao

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Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians

Mesmo chegando à final do Campeonato Paulista, todos temos consciência de que a equipe não fez bons jogos. O Corinthians foi chegando aos trancos e barrancos e, numa final tecnicamente bastante pobre, perdeu nos pênaltis para o maior rival. Isso já foi um mau sinal. Não só o vice-campeonato, mas o futebol apresentado.

Chegou o Brasileirão e a esperança era de que o futebol melhorasse depois de voltar ao ritmo normal de treinos e de jogos, mas não foi isso que aconteceu. O time oscilou bastante e, no geral, Tiago Nunes não conseguiu melhorar o time. A diretoria achou por bem dispensá-lo e trazer Coelho como técnico interino.

No ano passado o ex-lateral direito não foi bem. Conseguiu deixar o time na pré-Libertadores, mas pontuou pouco e não conseguiu fazer o time jogar um futebol minimamente seguro. Torcíamos para que isso não se repetisse nesse ano, mas só torcer não vem dando certo.

Desde que Coelho assumiu o comando interino da equipe, o futebol apresentado parece decair jogo a jogo. Não há jogadas ensaiadas, não há organização tática e não há um mínimo de padrão de jogo. Quando é necessário correr atrás do placar, então, a situação é mais desesperadora ainda.

O ex-atleta, apesar de contar com a simpatia por parte da torcida e da diretoria, não está preparado para assumir o comando do time profissional.

Fora o técnico, alguns jogadores também têm mostrado que não conseguem corresponder de acordo com o que se espera deles. A formação do elenco parece ter sido feita sem muito planejamento e isso complica ainda mais a vida do clube.

A troca por um técnico mais experiente não é só mais uma opção. É uma emergência. Aliado a isso, alguns jogadores precisam ser emprestados ou negociados, tanto pela necessidade e enxugamento da folha salarial, quanto pela qualidade técnica. Ninguém tem culpa de estar lá mas, se o clube tem uma das maiores despesas com salários do país, precisa ter um futebol minimamente condizente com esses valores.

Ainda que as eleições estejam próximas, é fundamental que a diretoria se reúna com os candidatos e discuta o que é melhor para o clube. Jogar uma bomba relógio nas mãos da próxima diretoria não é justo nem com quem vai assumir, nem com a torcida. O Corinthians é, e precisa ser, maior do que qualquer orgulho destrutivo.

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