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Corinthians: Renato e Cuca? Sem chances

Tiago Zambroni

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O Corinthians segue em busca de um treinador e não, não serão Cuca ou Renato Gaúcho.

Reprodução Internet
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Mas porque dois treinadores tão experientes e vencedores não figuram na lista de um dos gigantes do futebol brasileiro?

Ambos têm vasto currículo, ganharam títulos importantes nos últimos anos, falam a língua do boleiro, pois um dia também foram e no entanto, não possuem nenhuma chance de comandar o Corinthians.

A diretoria do Timão então comete um grande erro de avaliação ao não colocá-los numa lista de possíveis treinadores para o seu time principal?

Pelo contrário, acertam.

Entenda os motivos:

Renato Gaúcho – Não ao Corinthians e a própria língua depõem contra

O ano era 2021 e o Corinthians se via na mesma situação que passa por agora: Buscava um substituto para um ex-técnico.

No caso, Vagner Mancini, demitido após eliminação diante do arquirrival Palmeiras em casa nas semifinais do Paulistão daquele ano.

Renato foi a primeira opção da então nova diretoria comandada por Duílio Monteiro Alves.

Após uma novela que durou alguns dias e com boa parte da imprensa cravando o acerto, o treinador declinou da ideia e preferiu ficar perto da família no Rio de Janeiro.

Pouco tempo depois, com a saída de Jorge Jesus do Flamengo, Renato não pensou duas vezes para fechar com o então bicampeão brasileiro.

Tal atitude nunca foi perdoada pela cúpula corinthiana, que tratou logo de tirá-lo de qualquer lista de possíveis pretendentes para a situação de agora.

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“Fala Muito”

Além disso, o treinador é conhecido por frases de efeito, por se vangloriar dos próprios feitos, de uma estátua sua no Grêmio, onde fez história como jogador e treinador, entre outras marcas.

Renato se acha melhor que Cristiano Ronaldo, é capaz de dizer que sua equipe joga o melhor futebol do Brasil mesmo após derrotas acachapantes e em 2017, soltou a famosa frase “O Corinthians vai despencar”

Todos lembrar que o Corinthians não despencou e terminou campeão brasileiro, à frente do seu Grêmio, que conquistaria a Libertadores daquele ano, mas perderia o Mundial para o Real Madrid de CR7, a quem Renato considera inferior a ele.

Contudo, a última e mais marcante pérola foi referente ao Flamengo então treinado por JJ.

Segundo ele, “era fácil fazer futebol com 200 milhões disponíveis”.

À frente dos tais 200 milhões, Renato perdeu a Copa do Brasil em casa para o Athletico/PR com um sonoro 3 a 0 contra, abandonou o Brasileirão, como costuma fazer para focar em Copas e posteriormente, viu Andreas Pereira entregar a bola para Deyverson dar a Libertadores ao Palmeiras.

Diante de tal cenário, foi demitido do time carioca mesmo tendo alto percentual de aproveitamento.

Está em descrédito no mercado e o Corinthians acerta em não buscá-lo.

Cuca – Campeão, problemático e rejeitado pela torcida do Corinthians

Alexi Stival, o Cuca, tem grandes títulos, é lembrado por ótimos trabalhos, foi campeão por quase todas as equipes que treinou e é o atual campeão brasileiro pelo Atlético-MG.

Ótimo nome, certo?

Parte da torcida corinthiana não pensa dessa forma.

Nos anos 80, Cuca foi acusado em um processo que envolve o estupro de uma menor de idade na Suiça.

O atual treinador, que na época era jogador do Grêmio, teria participado da ação ao lado de outros ex-jogadores durante uma excursão do clube gaúcho pela Europa.

Cuca foi acusado, condenado por manter relação sexual com menor de idade em pena que varia de três meses a três anos de prisão e como o Brasil não extradita, ele nunca pagou pelo crime.

A principal organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, já se manifestou contra a contratação do profissional e outros torcedores nas redes sociais, aderiram ao discurso da torcida.

Conhecido pelo seu engajamento em causas identitárias, entre elas o #RespeitaAsMinas, o Corinthians não deve comprar essa briga com a Fiel.

Se nada disso bastasse, o Corinthians ainda correria o risco de perder o seu treinador, caso optasse por Cuca, a qualquer momento.

E isso porque o ex-técnico atleticano costuma interromper seus trabalhos, vencedores ou não, por motivos pessoais.

Assim aconteceu no Santos em 2020, para no ano seguinte assumir o Atlético/MG e no próprio clube mineiro, pouco depois de conquistar o Brasileirão de 2021.

Por fim, o Corinthians acerta duas vezes ao riscá-los da lista de possíveis comandantes.

Seja por um dia ter negado o clube, falar demais, ir contra os princípios do clube ou abandonar o barco antes da hora, não é de nenhum dos dois que o clube precisa.

A busca continua.

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