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De reforços a reservas

Caíque Guirao

Contratados para fazer parte da solução dos problemas da equipe, o Corinthians começou a partida contra o Guarani com seis nomes de peso no banco de reservas: Jemerson, Otero, Cazares, Jô, Luan e Cantillo.

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Nomes de peso e custos igualmente pesados. (Foto: Reprodução)

Os três primeiros foram trazidos no segundo semestre de 2020, quando a diretoria corinthiana viu que o elenco não tinha muito mais onde evoluir e o rebaixamento foi, por algumas rodadas, uma ameaça real. Encostados no Atlético/MG, Otero e, principalmente Cazares, ajudaram a melhorar a parte ofensiva.

Otero ficou devendo bastante, principalmente nas bolas paradas. Especialidade do venezuelano, o camisa 11 fez apenas um gol de falta desde que chegou. Cazares, que não tem ido bem nessa nova temporada, foi extremamente decisivo. O equatoriano fez apenas 2 gols mas, quando entrou em forma, criou diversas jogadas e assistências que resultaram em gol.

Jemerson estava encostado no Mônaco, mas o Corinthians pagou mais de R$ 4 milhões para que o clube francês o liberasse com antecedência. Sem jogar por quase um ano, o defensor ganhou a titularidade assim que retomou o ritmo de jogo.

A fim de cortar gastos, a renovação dos três atletas parece bastante improvável uma vez que, pelas informações constantemente divulgadas, seus salários teriam um custo muito alto para os cofres do clube. Cazares, inclusive, foi oferecido ao Fluminense. O clube carioca viu a possibilidade com bons olhos.

Luan já vinha em baixa no Grêmio mas, junto ao BMG, o Corinthians comprou o jogador. Melhor jogador da sua antiga equipe na Libertadores de 2017, e posteriormente eleito o Rei da América daquele ano, o atacante veio como uma enorme aposta. O camisa 7 fez uma boa Florida Cup, mas não conseguiu repetir as mesmas atuações nos meses seguintes. Muito apático e constantemente improvisado como meia, Luan teve poucos momentos de brilhantismo.

Cantillo veio como uma aposta e foi bem nos primeiros meses, porém não foi mais o mesmo desde que se recuperou da covid-19. Quando está bem, o colombiano dá uma boa dinâmica no meio corinthiano, principalmente dentro de um time com criatividade tão limitada. Mesmo antes da oscilação de desempenho, o camisa 24 não parece contar muito com a preferência de Mancini.

Jô, que teve uma boa passagem pelo clube em 2017, passa longe de lembrar o jogador importante que foi há 4 anos. O atacante foi bem em seus primeiros jogos do Paulistão 2020, porém caiu gradativamente de rendimento. Isso tem feito a torcida contestá-lo constantemente. A contratação de Jô, além de ter custado R$ 2,3 milhões para voltar ao Parque São Jorge, pode ficar ainda mais cara. Já condenado em primeira instância pela maneira que saiu do Nagoya Grampus, jogador e Corinthians terão que ressarcir o clube japonês em mais de R$ 18 milhões. O clube apelou contra a condenação, mas é bastante improvável que seja revertida.

No papel, qualquer um desses jogadores poderiam brigar pela titularidade em quase todos os clubes do Brasil, porém não e bem assim que tem funcionado. Como basicamente nenhum deles têm rendido o esperado, a falha no planejamento e montagem de elenco fica ainda mais evidenciada. Agora o Corinthians precisa lidar com uma dívida que cresce exponencialmente e, no meio disso tudo, buscar a melhor decisão para cada um desses atletas e ver como pode manter o elenco competitivo, dentro de suas possibilidades financeiras.

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