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EXCLUSIVO! Lateral-Direito Índio fala com a IDC e revela: “Marcelinho Carioca treinava cem a duzentas faltas por dia”

Luís Butti

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O Resenha Corinthiana teve um convidado muito especial no 19 de abril, Dia do Índio. José Sátiro, o Índio, lateral-direito de 1998, 1999 e 2000 esteve ao vivo no programa Resenha Corinthiana ao lado de Henrique Manfio e Luís Butti falando sobre vários assuntos sobre o Corinthians, principalmente o período em que o mesmo jogou no clube.

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Foto: Reprodução

A conversa

Entre as principais revelações do vitorioso lateral-direito foi como foi marcar Romário na Final do Mundial de Clubes de 2000. Segundo Índio, o Corinthians precisava de qualquer forma vencer o Mundial, pois o atleta precisava da premiação da FIFA para ajudar a sua família em Palmeira dos Índios em Alagoas. Inclusive, Vampeta o ajudou a botar uma antena parabólica na aldeia para que os demais indígenas pudessem ver o lateral-direito jogando pelo Timão. “O Vampeta me ajudou a botar antena parabólica na aldeia. Levou a ESPN para a aldeia pra tribo ver eu jogar bola. O Vampeta é um pai pra mim”, revelou o lateral.

Índio, que estudava os atletas em vídeo e treinava sozinho num campinho que tinha em casa, também falou sobre a marcação quando era treinado por Luxemburgo e Oswaldo de Oliveira. “Se eu não fizesse o que o Vanderlei mandasse, ele tirava do time. Tinha jogo que não era pra subir. Precisava ficar marcando a subida do Serginho do São Paulo, do Júnior do Palmeiras”, revela Índio, sobre Vanderlei Luxemburgo e a exigência da marcação dos laterais do futebol brasileiro da época. Também revelou que Oswaldo era uma metodologia e exigência muito parecida com a de Luxa. Vale lembrar que, graças a essa dedicação de treino, o atleta é o único indígena titular Campeão do Mundo do Mundial de Clubes da FIFA.

1998, 1999 e 2000

Sobre os times de 1998, 1999 e 2000, o camisa 2 não titubeou e ficou com o Campeão do Mundo. Segundo ele, a partida contra o Real Madrid foi um clima de Copa do Mundo. “A união pra jogar contra o Real Madrid foi união de Copa do Mundo. Nós entramos para atropelar”. Também ressaltou que pediu a Oswaldo de Oliveira para bater o pênalti na Libertadores de 2000.

Mas o ponto alto da entrevista é o momento em que Índio fala sobre a metodologia de treinamento com Marcelinho Carioca, e relacionamento com Rincón e Dida. “O Marcelinho Carioca ficava batendo cem, duzentas faltas depois do treino. Eu também precisava ficar cruzando as bolas na cabeça dele depois do treino também”, dispara o Campeão Mundial. Índio também não hesitou em falar sobre os amigos Dida e Rincón. De acordo com o indígena, Dida era calmo, e a tranquilidade o ensinou muito para não ser um defensor maldoso e não lesionar o colega, além de prejudicar o time sendo expulso.

Sobre o capitão Mundial de 2000

Já com Rincón, a coisa esquentava. As históricas brigas do colombiano com Marcelinho não ficaram de fora do bate-papo: “Os caras sabiam que os dois iam sair na pancada. Tinha que pegar o negão pela cinta porque era bruto. O homem é bravo.”, disparou Índio, sobre o colega latino. Índio é um vitorioso. Mas tem um sonho em sua história no Corinthians. Um jogo de despedida. Mas, com uma pequena diferença dos demais atletas.

“Eu vou fazer a minha despedida na Fazendinha depois do COVID-19. Amigos de Índio contra os Amigos do Vampeta. O Duílio me deu a Neo Química Arena pra fazer o jogo, mas eu quero a Fazendinha. Lá que eu comecei”, revela o camisa 2, sobre um possível jogo de despedida no Parque São Jorge. O ex-atleta quer levar novos atletas da aldeia para o Futebol e ressaltou a importância do Cacique, na tribo em tempos de Pandemia para manter o sustento do povo indígena na aldeia, além de manter o estudo e o trabalho. Mais do que um Campeão do Mundo, mas um retrato do país onde o Timão é vanguarda. Confira abaixo a entrevista com Índio na íntegra.

https://identidadecorinthiana.com/jogos/proximo-jogo-corinthians-ituano/
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