Quem viveu o Corinthians na década de 2000 certamente tem uma enorme memória afetiva quando lembra de Carlos Tévez. Fenômeno de engajamento, o argentino ainda desperta diversos sentimentos na Fiel torcida. Carlitos chegou em 2005 para reforçar o clube, se juntando ao elenco estrelado montado pela MSI.
Então, por quê Tévez é tão falado? Tímido e um tanto introspectivo, quando chegou virou um fenômeno entre os mais jovens (entre os não tão jovens também). Existia um espaço enorme na imprensa esportiva para o jogador, que aos poucos também justificaria em campo todo esse destaque.
O que explica tamanha identificação com a Fiel?
Nascido no Fuerte Apache, bairro da periferia de Buenos Aires, Carlitos teria uma infância difícil. No começo dos anos 2000 já despontava adolescente como uma das joias da base do All Boys. Do pequeno clube da grande Buenos Aires, Carlitos iria para as canteras do Boca Juniors. Já no seu primeiro ano, debutando nos Xeneizes, chamaria atenção mundo do futebol devido sua técnica refinada.
Subindo para o time profissional do Boca Juniors em 2002, junto com a saída de Riquelme, logo foi ganhando cancha. Em 2003 se firmaria de vez e seria destaque do título da Libertadores da América, vencida em cima do Santos com um gol do Apache. Naquela libertadores o craque voaria, marcando cinco gols e dando três assistências. A partir dali tínhamos uma realidade.
A chegada
Após dois anos de destaque e convocações para a seleção Argentina, Carlitos chegaria ao Corinthians. Até então a contratação mais cara da história do futebol brasileiro, no clube não demoraria para se destacar. Seu primeiro gol foi contra Inter de Limeira pelo Campeonato Paulista e dali para frente viraria um fenômeno dentro e fora de campo. O argentino custaria US$20 milhões, dinheiro investido pela MSI, então parceira do Corinthians naquele ano.
Desde sua chegada, era notícia em todos os veículos de informação. Mesmo tímido e pouco comunicativo, cairia rápido nas graças da Fiel. O fato de não falar muito não atrapalharia em nada a sua identificação. Jogador que deixava tudo no campo, também deixaria o corinthiano em êxtase e apaixonado. Tal sentimento não tinha idade, classe social ou gênero.
O craque fez uma das maiores e melhores duplas de ataque do século. Junto com Nilmar, o argentino formou um dueto que entregava muito nas quatro linhas. Ao total, o craque fez 78 partidas e marcou 41 gols pelo alvinegro.
Mas, e fora de campo?
O corte de cabelo logo viraria moda entre crianças e, porque não, também entre os marmanjos. Aquelas listras na cabeça virariam febre entre corinthianos e até entre a criançada no geral. E como esquecer a Cumbia? Quem não tentou, mesmo de forma desajeitada, mandar aquele passinho? É, o argentino cativou o país todo (exceto nossos rivais).
Carlitos logo cairia nas graças da Fiel e não seria difícil de observar. De fato, era absurdo o envolvimento da torcida com o garoto do Fuerte Apache.
A identificação ficou, mesmo com a passagem rápida pelo Parque São Jorge. Não faltou entrega, dedicação e reconhecimento por parte da torcida. Para o bem e para o mal (mais para o bem), o atleta deixa a Fiel em euforia a cada temporada e rumor de saída do clube em que está. Com razão, a torcida tem bons motivos para lembrar e querer de volta o craque.
A memória afetiva do corinthiano com Carlitos vai continuar. Hoje, com 37 anos, o craque tem seu futuro indefinido. Certo é que não será no Boca Juniors e essa lacuna só irá ser preenchida quando ele decidir qual será o rumo da carreira.
O craque argentino ainda teria espaço no Timão? Você concordaria com uma possível volta do argentino? Quais lembranças ele te traz? Deixe sua opinião.
Carlitos, eternamente em nossos corações.
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