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Sylvinho diz que Corinthians foi muito ofensivo. Será?

Henrique Manfio

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Alvo de críticas pelo não desempenho em campo, o treinador Sylvinho vem sendo áspero em suas declarações pós-partidas. Com mais um desempenho muito abaixo do esperado, o treinador se vê cercado de críticas e desconfiança e rebate com acidez. Afinal, o Corinthians foi muito ofensivo mesmo?

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Foto: Divulgação/Tv Corinthians

Existem vários aspectos para identificar se o time do Sylvinho é ofensivo como ele afirma. Primeiro ponto: foi amplamente dominante contra um adversário frágil como foi o Santo André? Os números dizem que não. Ao todo, o Ramalhão finalizou 14 vezes contra 8 do Corinthians.

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A princípio, nem mesmo o principal indicador sinaliza que o time foi ofensivo. Outro quesito importante é a posse de bola, em que o Corinthians teve 60%. Mas foi de fato uma posse produtiva? A bola circulou muito entre o meio e a defesa, como de costume. Acompanhe o mapa de calor:

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Mapa de calor evidenciando a posse de bola no campo de defesa. Arte: Footstats

O Corinthians trocou, em média, 77 passes até finalizar no gol. Assim, como parâmetro, uma equipe leva entre 20 e 30 passes para finalizar. O que podemos concluir disso? Nesse sentido, temos uma equipe pouco vertical e com uma posse de bola um tanto improdutiva.

Além de finalizar mais e ser dominante por boa parte do segundo tempo, o Santo André encontrou espaços que uma equipe tecnicamente melhor não hesitaria em marcar.

Desempenho é satisfatório? O time é “muito ofensivo”?

Outro ponto importante é o fato do Santo André ter sido melhor nos desarmes e cruzamentos certos. O domínio do clube do ABC é sintomático, pois não é de hoje que o Corinthians deixa ser dominado fora de casa com alguma facilidade.

Depois de outra partida em que o coletivo não funcionou, o treinador parece não estar sintonizado com a torcida. Assim, a insatisfação só cresce assim como a desconfiança de parte da Fiel com o planejamento para 2022.

Por fim, oito meses e mais de 40 partidas e a torcida continua insatisfeita com o desempenho. A principal reclamação é sobre a falta de padrão e a pobreza tática. Sylvinho ainda conseguirá tornar esse time competitivo? A diretoria acerta em dar respaldo para o treinador? Deixe sua opinião.

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