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04 de julho de 2012: o dia da Libertação

Identidade Corinthiana

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Todo corinthiano cansou de ouvir provocação sobre a falta da Libertadores, desde comparações com seriado “Chaves” (onde todo mundo sabia o que aconteceria no final), até diversos gritos de que nunca veríamos esse troféu. Ano a ano a frustração aumentava e parecia que era verdade, que esse troféu nunca chegaria ao Parque São Jorge. Até que chegamos ao ano de 2012.

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Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Após uma eliminação traumática na fase preliminar do torneio em 2011, a torcida estava desconfiada mesmo que o time tivesse acabado de conquistar o Brasileirão. A equipe era boa. Entretanto existia aquele receio de que novamente ficaríamos pelo meio do caminho.

Fase de grupos

O grupo do Timão foi relativamente fácil. Os adversários foram Deportivo Táchira-VEN, Cruz Azul-MEX e Nacional-PAR.

Os venezuelanos do Táchira surpreenderam o Corinthians ao empatarem com na partida de ida, mas tomaram um sonoro 6 x 0 no Pacaembu. O Nacional foi derrotado nas duas vezes, e o adversário mais difícil foi o Cruz Azul. Os mexicanos seguraram um empate em casa, porém foram derrotados por 1×0 em São Paulo.

Oitavas de final

Após um bom começo de torneio, o Corinthians preocupou a Fiel com seu goleiro. Júlio César, que havia feito um ótimo 2011, passou a gerar desconfiança após uma falha na eliminação do Campeonato Paulista. 2012. aí que o Gigante Cássio entrou, e foi decisivo contra o Emelec do Equador, segurando um empate em 0 x 0. Na volta, o alvinegro se classificou após uma vitória por 3 x 0 em São Paulo.

Quartas de final

O Corinthians comemorava a passagem pelas oitavas, coisa que não acontecia desde o início dos anos 2000, quando soube que enfrentaria o Vasco da Gama, campeão da Copa do Brasil de 2011.

A partida no Rio foi bastante disputada e acabou num empate em 0 x 0. A decisão ficou para o Pacaembu. E que decisão. No jogo do famoso gol do “PQPaulinho”, houve também a icônica defesa de Cássio no chute de Diego Souza. Nesse lance, o estádio se calou após Alessandro perder a bola e só foi se manifestar novamente ao pular de alegria quando o goleiro corinthiano assegurou a passagem para a semifinal!

Semifinal

O penúltimo adversário corinthiano foi o Santos de Neymar, campeão da Libertadores de 2011.

Na Vila Belmiro Emerson Sheik fez o golaço que acabou por ser decisivo na classificação. Após vencer por 1 x 0 fora de casa, o Corinthians passou pelo Santos com um empate em 1 x1. Neymar abriu o placar no primeiro tempo, mas Danilo fez questão de mostrar que o Timão não estava para brincadeira.

A grande final

O último adversário do torneio foi um para ninguém botar defeito, o maior bicho papão da Libertadores dos últimos 20, 30 anos: Boca Juniors.

Com toda a pressão da Bombonera, o Timão segurou o 0 x 0 no primeiro tempo, mas tomou um gol de Roncaglia depois do intervalo. Porém, no segundo tempo teríamos a expressão que mais animou os corinthianos em 2012: “Olha o Romarinho!”. Substituindo Danilo, Romarinho fez o gol de empate um minuto após entrar em campo, depois de uma bela jogada de Emerson Sheik.

Todos estavam apreensivos com a partida de volta, mas o time vinha embalado e a torcida estava muito animada. E com razão! Mesmo com o Boca começando melhor no Pacaembu, o Timão tomou o controle da partida porém os gols saíram apenas no segundo tempo. Após uma cobrança de falta. Jorge Henrique desviou levemente de cabeça, Danilo ajeitou de calcanhar e Emerson Sheik estufou as redes. O Boca se perdeu a partir daí e, num vacilo numa troca de bolas no meio de campo, Emerson interceptou um passe e correu para marcar o segundo e último gol corinthiano da noite.

A vitória era nossa. Finalmente conquistamos o tão desejado troféu, e da melhor maneira possível. Passamos pelos campeões da Copa do Brasil 2011, da Libertadores 2011 e pelo maior Bicho Papão do torneio, tudo isso para vencer o campeonato de maneira invicta e com a segunda melhor defesa da história do campeonato. Uma conquista das mais marcantes da história da competição, com toda a certeza.

A noite teve mais fogos que muita comemoração de virada do ano, mas com mais emoção. Era a festa da nossa Libertação.

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