O ano está acabando, e a Identidade Corinthiana prepara seus desejos e anseios para 2021. Além de sucesso dentro e fora de campo, títulos, grandes jogadores, sucesso na parte institucional do clube, o que nos mais faz falta é o abraço. Com a Pandemia, o novo normal nos privou do que mais nos aproxima: de abraçar nossos parceiros de Corinthians na arquibancada.
O abraço corinthiano
Mas afinal, do que é feito o abraço? Nascemos de um. Éramos cinco cheios de sonhos naquela noite na José Paulino e a Cônego Martins. Dias depois, com Luis Fabbi, nosso abraço era de novidade e sabor da primeira vitória. Alguns anos se passaram e vieram abraços com gosto de Tri.
Mas o abraço as vezes também é feito de dor, como na perda dos nossos irmãos do Torino nos anos 40. Ali aprendemos o que é um time esquadrão, que dá um laço no adversário em campo e joga como o time de Turim.
Tivemos abraços que valeram por cem anos com Cláudio, Luizinho e Baltazar em 1954, e tivemos o abraço do vazio, no Tabu da Era Pelé e o abraço mais cheio do mundo no Maracanã em 1976.
O abraço do alívio
Nossos encontros também foram feitos de alívio em 1977, e nas Diretas, capitaneado pela Democracia Corinthiana nos anos 80, com Sócrates e Casagrande. Aí nossos abraços foram se expandindo.
Ficaram do tamanho do Brasil, da América, do Mundo. O Corinthians cabia em todos eles. Entre Netos, Marcelinhos e Tites, nosso abraço tinha sabor de gigantismo e falava vários idiomas.
O abraço em casa
Mas veio a hora de abraçar o adeus: Nosso velho Pacaembu ficava pra trás e a Fiel abraçava Itaquera. Tinha sabor de Futuro e Nostalgia. E assim, fomos felizes e felizes somos. 2020 se finda num ano sem abraços. De nenhum sabor, cheiro ou sentimento.
Causada por uma razão alheia a vontade dos homens, que desafia a ciência e que impede a Fiel se aglomerar e ir para os estádios. 2020 encerra um ciclo, onde a Identidade Corinthiana abraça o conhecimento, a parcimônia e a certeza da cura. Novos tempos batem na porta do Corinthians, que efusivamente espera o seu abraço o mais rápido possível.
Feliz futuro, Fiel !
Que em 2021, a gente abrace mais. Ame mais.
Em casa e nos estádios