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Emerson Sheik escreve carta sobre o título de 2012

Caíque Guirao

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O Corinthians conquistou sua primeira Libertadores no dia 4 de julho de 2012, e muita coisa mudou dentro do clube desde então. O maior nome daquelas finais, acabou sendo Emerson Sheik, mesmo com o gol de Romarinho na Bombonera.

Emerson Sheik não era de fazer muitos gols, mas fez 2 dos mais importantes da história do clube. (Foto: Daniel Augusto Jr / Ag Corinthians)
Emerson Sheik não era de fazer muitos gols, mas fez 2 dos mais importantes da história do clube. (Foto: Daniel Augusto Jr / Ag Corinthians)

Autor dos 2 gols que deram o título ao Timão no Pacaembu, o atacante escreveu uma carta de agradecimento a pedido da equipe do Globo Esporte.

Confira a carta escrita por Emerson Sheik

“Eu é que agradeço, Fiel

Sempre tive a certeza de que faria um gol na final.

Com a camisa do Corinthians, fiz 28 em 196 jogos. Até 4 de julho de 2012, havia feito 12, três na Libertadores, sendo um na semifinal contra o Santos, na Vila Belmiro. Mas eu queria mesmo era aquele da final.

Naquela noite, o importante era a gente vencer o título, que era inédito para o clube. Por isso que a Libertadores de 2012 foi tão especial: eu não tinha o título, o clube não tinha, e o torcedor merecia.

Já sonhei mil vezes com aqueles lances. Não tem como esquecer. Mas até os gols saírem e a festa começar, foi um dia tenso. Tivemos treino e concentração. Falei com Deus e o mundo naquele dia, com minha família, com meus amigos. Lembro que o Tite pedia para a gente ficar 100% concentrado no jogo.

O Tite e a comissão técnica nos passaram vídeos da nossa família na palestra antes da partida como forma de motivação. Jogamos concentradíssimos. Havíamos empatado por 1 a 1 na Bombonera. E no Pacaembu, naquele 4 de julho, olhávamos um para o outro no campo e dizíamos: “Nós conseguimos”.

Fiz os dois gols no segundo tempo. Um aos oito minutos, depois de um passe de calcanhar do Danilo. E o segundo aos 26, quando roubei a bola do Boca e só fui parar dentro do gol.

Dali em diante, eu só conseguia pensar que o título estava muito próximo e que minha família estava ali no Pacaembu me vendo fazer aquilo ao lado de uma torcida que me abraçaria como ídolo.

Por falar em abraço, depois do apito eu só queria abraçar todo mundo. O Tite também. Nosso abraço foi o mais apertado e demorado.

A partir dali, os bastidores foram maravilhosos. Quando acabou o jogo, começamos a festa no vestiário do Pacaembu mesmo. Bebi todas e só cheguei em casa no dia seguinte. Foi uma festa incrível.

Hoje, aos 43 anos, sei que meus filhos já sabem exatamente o tamanho e a importância que esse título teve para a minha vida. Mudou tudo.

Em 2015, quando deixei o clube (depois ainda voltaria em 2018), recebi uma camiseta com a frase “Obrigado, Sheik”.

Foi incrível e vai continuar sendo.

Por isso, eu é que agradeço, Fiel.”

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Desafio complicado

Após empatar na Neo Química Arena na semana passada, o Corinthians não está numa situação fácil pois tem a difícil missão de conquistar a classificação na Argentina. A equipe está cheia de desfalques, portanto precisará tanto da criatividade de Vítor Pereira, quanto da aplicação de todos que forem a campo.

O time atual enfrenta várias baixas, mas ficamos na torcida que alguém esteja no mesmo espírito que Emerson esteve naquele 4 de julho de 2012, e quem sabe classificação chegue.

Corinthians e Boca Juniors se enfrentam às 21h30 desta terça (05), em La Bombonera. O cenário não é dos mais favoráveis, entretanto seguimos acreditando que a classificação é possível.

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