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Especial: Entrevista com Lucas Perassollo, o dono do maior abraço do Pacaembú

Tiago Zambroni

42 minutos do segundo tempo, Paulinho sobe, faz o gol de cabeça contra o Vasco e corre para o alambrado. Ali, encontra Lucas, um torcedor como qualquer outro que ali estava.

Lucas e Paulinho comemoram gol histórico em 2012 (Foto: Marcos Ribolli/Globo Esporte)
Lucas e Paulinho comemoram gol histórico em 2012 (Foto: Marcos Ribolli/Globo Esporte)

Mas, era jogo grande, quartas de final da Copa Libertadores da América se 2012, aquele torneio em que o Corinthians tentava, tentava e não ganhava.

No entanto, o ano de 2012, o ano em que o mundo “acabaria”, estava predestinado.

Era o ano do Corinthians, de Paulinho, de Cássio, do torcedor corinthiano, de Lucas.

Mas, como foi aquele dia? Como foi viver aquela atmosfera? Como aquele momento aconteceu?

A Identidade Corinthiana falou com Lucas Perassollo, eternizado na história do seu clube do coração, 10 anos depois.

Antes, apenas um adendo: No retorno de Paulinho ao Corinthians, lá estava Lucas, repetindo a cena icônica de dez anos atrás, agora no Parque São Jorge, em um dia chuvoso, porém de festa para o torcedor alvinegro.

Mais uma vez lá estava Lucas, o Luquinha, ou Luqueta para os íntimos, representando a imensa fiel torcida.

Agora sim, a palavra do improvável símbolo daquele noite de 23 de maio de 2012:

O relato de um torcedor corinthiano

Como foi o dia do jogo?

No dia do jogo , chegamos no estádio umas 14hs da tarde para fazer um churrasco.

Ficamos resenhando tomando uma cerveja já fazendo aquela festa.

Me lembro que algumas emissoras foram filmar perto do horário do jogo , já que é uma rua famosa onde a torcida faz churrasco.

Quando a galera viu as câmeras, se aglomerou na frente delas , pode parecer mentira, mas fiquei destacado de lado e falei:

A galera ali se matando para aparecer , e quem vai estar na tela amanhã sou eu(risos).”

Como veio a idéia de subir no alambrado?

Na verdade, eu nem vi o gol (risos).

Estava no banheiro e quando sai, vi a massa explodindo.

Pensei: “foi gol”.

Subi onde eu estava mesmo, comemorei sozinho e desci.

Quando estava voltando para meu lugar , olhei para trás e vi o Paulinho subindo.

Voltei, subi de novo e comemoramos juntos.

Você esperava passar por aquele momento ?

Sinceramente, não esperava.

Eu estava no lugar certo, na hora certa e claro que também conta um pouco de atitude (risos).

Você tem noção que ficou eternizado na história do clube ?

Vou te falar que essa noção só vai crescendo a cada dia.

Num primeiro momento, nem imaginava que iria dar a repercussão que deu e dá até hoje.

Mas conhecendo pessoas , vendo nas redes sociais, entendo que realmente não tem como apagar esse momento da história do clube.

E no meu primeiro jogo que fui à arena, graças a rapaziada da Indentidade Corinthiana e ver o reconhecimento da torcida, fez eu ter certeza que estou eternizado realmente.

Lucas segue sendo reconhecido

Como foram os dias após daquele lance?

Foi muito louco.

Acordei com um amigo falando para eu ir até a banca de jornal com dinheiro porquê eu estava na capa de vários (risos).

Emissoras me ligando para dar entrevista , redes sociais bombando, coisa de louco (risos).

E te falo que até hoje colho frutos desse dia.

Lucas e Paulinho se reencontram em 2021 (Foto: Acervo Pessoal/Instagram @Luketa13)
Lucas e Paulinho se reencontram em 2021 (Foto: Acervo Pessoal/Instagram @Luketa13)

Sempre lembram nas redes sociais e me marcam.

Recentemente, participei da campanha do aplicativo Universo SCCP e da nova camisa, que faz homenagem à Libertadores daquele ano.

Lucas participou da campanha "Segue Arrepiando" (Divulgação/Corinthians)
Lucas participou da campanha “Segue Arrepiando” (Divulgação/Corinthians)

Até hoje o pessoal lembra e isso é muito gratificante de verdade.

Poder ficar marcado na história do clube que amamos não tem preço.

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