Cria da base corinthiana, o atacante Malcom, atualmente no Zenit da Rússia, concedeu entrevista ao GE, e falou de diversos temas, entre eles, o Corinthians. Confira.
Malcom foi vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Jr de 2014, e logo em seguida, subiu ao time principal. No ano de 2014, o atleta não compôs o time titular da temporada, entrando em alguns jogos, e ganhando experiência. Já em 2015, o jogador adquiriu papel de protagonismo, ganhando vaga no time titular, e conquistando ao final da temporada o título Brasileiro daquele ano.
Logo em seguida, em 2016, ele foi negociado com o Bordeaux da França, e em pouco tempo, adquirido pelo Barcelona. A passagem pela Espanha durou pouco, e ele foi negociado junto ao Zenit, em 2019. Em entrevista recente ao GE, o jovem falou de diversos temas.
Talentos da base
Perguntado sobre os novos talentos da base Corinthiana, o atleta disse:
“Respeito é primordial. Saber escutar os mais velhos e não ter vergonha. Com vergonha, você ficará meio acanhado e não vai conseguir mostrar seu talento, seu futebol. Minha dica é saber escutar os mais velhos e não ficar acanhado”
-disse o atacante.
Sucesso no futebol
Questionado do por que deu certo no futebol, Malcom falou:
“Eu sempre acreditei que eu iria melhorar minha vida, melhorar a vida da minha família, chegar ao profissional. E as pessoas que estiveram por trás fizeram o melhor por mim e até hoje fazem. É trabalhar firme e não desistir. Muitos acabam sendo emprestados, vão jogar Série C e com 30 anos encerram a carreira porque não têm clube para jogar. A carreira é difícil, tem que ter muita cabeça.”
-completou Malcom.
Amizade com Gil
Perguntado sobre a amizade com o zagueiro Gil, o atacante disse:
“O Gil é gente boa demais. Ele nos acolheu desde o primeiro dia, fez uma brincadeira comigo, aí ficamos mais próximos. Foi um paizão no Corinthians, falo com ele até hoje, é um exemplo dentro e fora. Ele sempre ajuda os jovens que estão subindo da base. Às vezes, ficam com vergonha, ele vem, faz a brincadeira dele, você se sente no grupo, ele vê sua opinião. É um líder, muitos se espelham nele, é um exemplo. Como é o Cássio, o Fagner, como era o Ralf. Tenho muitos exemplos: Love, Renato Augusto, joguei só com fera no Corinthians. Levantar a taça de 2015 para mim foi uma honra.”
-declarou o atleta.
Racismo na Rússia
Perguntado sobre o rascismo que sofreu na chegada ao Zenit, o jogador disse:
“Acho que para mim não faz diferença se tiver racismo ou não. Vim para jogar futebol. Dou meu melhor, não importa se um ou dois vão achar isso. Estou decidido: vim fazer historia e ganhar muitos títulos. Se conseguirmos, será meu quarto em dois anos. Ser vitorioso é muito importante para um atleta.”
-falou Malcom.
Barcelona
Pergutado de como foi a experiência ao lado de Messi e no Barcelona, o Malcom disse:
“Não tem como não ficar bobo (ao conhecer Messi). Um cara muito natural, inteligente, entende o jogo rápido, faz de tudo. Ele vai ser considerado um dos melhores da história, se já não é o melhor. Foi aprendizado. Aprendi muitas coisas com os melhores do mundo, aprendi a lidar também com todo mundo, fiz amigos. Para mim, levarei para o resto da vida. Realizei meu sonho, fui convocado para a seleção brasileira, fiz gol no maior clássico do mundo (Barcelona x Real Madrid), fiz gol na Liga dos Campeões, não tem sonho maior. Em um ano, ganhamos dois títulos, da Liga e da Supercopa da Espanha. Tenho história para contar com os melhores do mundo.”
-concluiu o atacante.
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