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Visão de torcedor: O dia 4 de julho!

Tiago Zambroni

4 de julho de 2012. Um dia dos mais esperados pelo torcedor do Corinthians, pois era dia de se libertar.

Torcedores contam o seu 4 de julho em detalhes (Imagem: Arquivo Pessoal)
Torcedores contam o seu 4 de julho em detalhes (Imagem: Arquivo Pessoal)

Era dia de enterrar de vez as piadas sobre não ter Libertadores da América, de não ter “passaporte”, de servir de piada para os rivais.

O Corinthians faria do dia 4 de julho o dia da sua independência.

Coincidência ou não, no dia da independência norte-americana, o Timão queria a sua independência, mas sul-americana.

Dessa forma, a Identidade Corinthiana colheu depoimentos de torcedores que hoje falam para torcedores, pessoas que viraram referência na comunicação corinthiana.

Então, nesse sentido, de corinthiano para corinthiano, confira as palavras de quem viveu intensamente aquele 4 de julho de 2012:

Trânsito parado

“Um dia de desespero, porque não dormi a noite.

Não trabalhei direito, não comia, ansiedade a mil e o relógio não ajudava.

As horas não passavam.

E como todo bom corinthiano, escolhi ver o jogo em um telão na região onde moro, e no caminho o carro quebrou (risos).

Mas, como todo bom corinthiano, pararam outros carros que já tomavam a rua.

Graças a Deus, um cara apareceu e ajudou a ligar e aí chegamos para esse dia histórico.

Por sorte da Libertadores, o Corinthians colocou seu nome na taça, com show de Sheik e a coroação de Tite.

Que dia maravilhoso, o melhor dia da minha vida como corinthiano.”

  • Diogo Ranzani – Canal Fala Muito, Fiel.

Recordar é viver

Dia 4 de julho de 2012.

Peguei férias exatamente no período próximo ao jogo, porque acreditava demais que enfim, a conquista da América viria.

Os dias se passaram devagar e o gol no primeiro jogo do Romarinho nos colocava apenas a uma vitória do tão sonhado título.

No dia do segundo jogo, as horas não passavam e enquanto isso, fui acompanhando todos os jogos da nossa trajetória até a grande final.

Combinei com um irmão de assistir na casa dele.

Por fim, show do Corinthians, Libertados!”

  • Matheus Calegari Costa – Torcedor corinthiano

4 de julho em família

“Como de costume, todos os jogos assistia em casa com minha família.

Mais precisamente, com meu pai e minhas irmãs.

Porém, em específico nesse dia meu, pai foi viajar a trabalho, e assistimos eu e minhas irmãs em casa.

Lembro que quando abriu a transmissão eu já comecei a chorar com a festa da torcida.

Eu tinha muita certeza que aquela libertadores era nossa, era lindo demais, a bandeira, o mosaico, a torcida inflamando o estádio.

Não tinha como não chorar.

Mandei mensagem pro meu pai falando: Vai, Corinthians!

Quando o apito final ecoou, eu desabei a chorar.

Liguei para o meu pai e comemoramos por telefone.

Só sei que o choro desse dia até hoje, sempre que revejo aquela taça sendo levantada.”

  • Jacqueline Magalhães – Canal Fala Muito, Fiel

Churrasco entre amigos

“Sobre 04 de Julho de 2012.

Lembro-me claramente desse dia.

Eu trabalhava em um colégio de freiras na Zona Norte.

O ambiente de trabalho era bem tradicional e rigoroso.

Então não era permitido qualquer tipo de manifestação que fugisse dos costumes.

Mas naquele dia, eu não conseguia pensar em mais nada que não fosse o jogo, então dei os meus pulos.

Fixei uma bandeira do Timão no tampão do porta malas do carro e fui com a camiseta do mundial de 2000 do Marcelinho por baixo de uma outra camiseta.

Não estava frio naquele dia e passei um calor insuportável, mas valia a pena pelo Corinthians.

Felizmente, os poucos que repararam que eu estava com o uniforme do Timão por baixo da roupa, não eram influentes o suficiente para me comprometer.

Nesse dia, eu nem consegui trabalhar.

Enrolei pra entregar qualquer tarefa e passei o dia todo vendo vídeos dos jogos anteriores do Corinthians na Libertadores.

Orkut “bombando”

Na época, o Orkut ainda era vivo e as comunidades estavam pegando fogo.

Já em casa, reuni os amigos (Marcelo, Rickão e Eurico) e as namoradas (não eram esposas ainda (risos)) e começamos o esquenta.

A ansiedade era inexplicável e a gente tentava passar o tempo falando de todos os assuntos disponíveis do nosso repertório.

Mas era impossível não ficar olhando para o relógio.

Meu pai sempre foi muito confiante, uma pedra de gelo ambulante.

Falava coisas como:

“O Boca não tem time pra ganhar do Corinthians não”

“Vocês estão nervosos a toa.”

Discurso que ele voltaria a repetir na final do Mundial contra o Chelsea.

Enquanto minha mãe perguntava coisas como:

Ah meninos, mas e se perder? “

Vocês vão ficar muito tristes?”

Ao final do jogo, pegamos o carro e saímos pelas ruas pra nos juntar a festa que estava acontecendo no país.

Que dia!”

  • Rafael Bizzi – Canal Fala Muito, Fiel.

4 de julho no Pacaembu

“04/07/2012.

Acordei naquele expectativa e ansiedade para chegar a hora do jogo (Na verdade, nem dormi direito).

Quando recebi a ligação da pessoa com quem eu iria pegar o ingresso dizendo para eu ir buscar no Pacaembu a tarde.

A noite não ia conseguir chegar aos portões sem o ingresso por tamanha repercussão do jogo.

Então fui até lá, entrei, passei pela entrada do gramado onde olhei e pensei: “Hoje vamos fazer a maior festa vista nesse estádio.”

Peguei o ingresso e voltei pra casa.

Vesti o manto, encontrei a rapaziada e fomos fazer o mesmo ritual que fizemos contra o Vasco.

Depois entrei no estádio e o final todo mundo sabe.

Uma das maiores, se não a maior festa do futebol mundial.”

  • Lucas Perassolo – Torcedor do Corinthians que abraçou Paulinho no gol decisivo contra o Vasco da Gama.

A amizade é tudo

“Em 2012 eu estava no trabalho, antes do jogo.

Um gerente de lá que é brother meu até hoje, do nada me chamou na sala dele e falou que conseguiu um esquema pra eu ir para para o jogo.

Ele já chegou comemorando comigo, mas eu tive que falar:

Cara, agradeço muito, mas não vou conseguir ficar longe dos meus amigos que assistiram comigo os outros jogos do mata-mata”.

Ele ficou surpreso, mas eu não queria quebrar o que estava dando certo, além de ficar perto dos meus brothers.

Então, saindo do trampo, fui pra casa do careca (Rafa Bizzi), onde já estavamos nos reunindo eu, ele e o cabeça (Marcelo de Mello), desde o jogo com o Santos.

Fizemos um churrasco, torcemos juntos, choramos juntos comemorando no fim do jogo, saímos de carro fazendo buzinaço de madrugada.

Foi muito louco.”

  • Richard “Rickão” – Canal Fala Muito, Fiel.

Chefe rival “aliviou”

4 de julho de 2012.

Lembro como se fosse hoje.

Lembro que meu dia começou as 5:30hs da manhã.

Trabalhava na Zona Oeste de SP (Vila Leopoldina) e de quarta feira era o dia do meu rodízio.

Então cheguei na empresa por volta das 6:30hs para poder sair as 16:30hs e não ficar preso no rodízio até as 20hs.

E foi assim que aconteceu.

O dia foi de muita adrenalina e ansiedade.

A hora não passava e eu estava louco para chegar o jogo de uma vez e poder torcer pelo Timão e tirar aquele grito de Libertados da garganta de forma invicta.

Quando sai da empresa, fui embora pela via que cruza São Paulo da Zona Oeste até a Zona Leste que é a Marginal Tietê, e o clima já era de jogo.

Carros com bandeiras, torcedores com camisas, buzinas cumprimentando uns aos outros e todos ansiosos para hora que a bola fosse começar a rolar.

Eu, até o jogo do Vasco com a defesa de Cássio e o gol do Paulinho, estava assistindo aos jogos sozinho.

Mas esse jogo eu quase “morri” e as semifinais e finais reunimos uma galerinha.

Eu, Rafa e Rickão (ambos do FMF) e o Eurico, um grande amigo nosso, além do pai do Rafa, o Tio Julio.

A partir daí, começamos a cada jogo torcer e vibrar pelo Coringão.

Mas, voltando ao jogo do Boca, eu sai da empresa e passei no mercado para comprar umas carnes para um churrasco na casa dos pais do Rafa e as 19hs já estávamos reunidos.

O tempo não passava, ansiedade a mil e resenha vai, resenha vem.

Enfim, começou o jogo!

Bandeira esticada na sala e muita confiança.

Às 8hs, teria que estar na empresa, como fui.

Mas antes, passei na banca de jornal para comprar o pôster e o jornal Lance para deixar guardado e registrado aquele 4 de julho.

Colei o pôster na sala do trabalho.

Minha chefe (sãopaulina) deixou.

Ela entendia o que tinha acontecido.

Fui trabalhar sem voz, cansado, mas em êxtase.

Tudo q passei naquele 4 de julho ficaria marcado na minha vida, na minha história e no meu amor pelo Sport Club Corinthians Paulista.”

  • Marcelo de Mello – Canal Fala Muito, Fiel.

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