Jô falou pela primeira vez após sua saída do Corinthians, na última semana.
Em entrevista à Rádio 365, o atacante respondeu às questões dos jornalistas e sempre se colocou no papel de vítima.
Segundo Jô, o tribunal da internet o “condenou” antes mesmo do Corinthians, até porque, ele já havia feito seu trabalho, era momento livre e, dessa forma, poderia fazer o que quisesse.
Tudo certo, Jô, desde que em um telão acima, não estivesse transmitindo o jogo da sua equipe, perdendo para o Cuiabá, e se essa equipe em questão não fosse o Corinthians.
E o atacante sabe melhor do que ninguém o que é jogar no Timão, viver bons momentos, maus momentos, crises e apogeu.
E claro, não é a primeira vez que o fato acontece.
Durante outra derrota do Corinthians em 2022, Jô estava gravando vídeos em uma loja de carros, mostrando mais uma vez, uma felicidade incrível.
Não, ele não poderia fazer nada, já que lesionado, não poderia evitar as derrotas da sua equipe.
Mas existe o momento certo para cada coisa, e Jô não é uma pessoa “normal”, por mais que queira viver desse jeito.
Uma pessoa pública, que joga em um dos maiores clubes do país, com uma das maiores torcidas do país, talvez a mais exigente delas, está exposta à cobrança, queira ele ou não.
Se não soubesse conviver com cobranças, não seria no Corinthians que Jô jogaria.
Jô e o “massacre” virtual
Jô foi massacrado pelos tribunais de internet, mas se isso tivesse influenciado, seria a diretoria corinthiana, que não suportando a pressão das redes, romperia com o atacante.
Pariu dele a rescisão, e nesse sentido, ele mesmo se julgou e se condenou, antes mesmo de saber o que aconteceria.
Vitor Pereira não o perdoaria pelo segundo deslize em pouco tempo, como deixou claro em sua coletiva pós-jogo, após a vitória contra o Juventude, e lamentou a situação.
Jô vinha bem, perdendo peso, sendo importante para o time, para o grupo, vivendo seu melhor momento desde a volta.
É para lamentar mesmo o final que o caso teve, porque todo mundo perde.
Não há vencedores nessa situação.
O Corinthians perde um atacante que vinha se recuperando fisicamente, Jô perde, porque sai de um clube que (diz que) ama e é (era) amado e isso sem falar em questões financeiras.
Por fim, as vidas vão seguir, o atleta buscará uma nova equipe e talvez já tenha achado, pois recebeu ao vivo um convite de Fábio Carille, seu ex-treinador no alvinegro e que está indo para o V-Varen Nagasaki, da série B japonesa.
O Corinthians também segue, venceu no sábado (11) e irá atrás de um substituto para Jô.
Mas, o final da trajetória do ex-camisa 77 poderia ter sido outro.
Não precisava ser assim.
Um pena, ninguém ganha nada.
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